Surge novo caso de racismo na América em meio a combate liderado por Vini Jr
Infelizmente, o racismo é um problema mundial e atemporal, e acontece todos os dias em diversas partes do mundo mesmo sem os grandes holofotes que esses casos merecem. No entanto, no futebol, por se tratar de um grande evento, esses ocorridos ganham mais notoriedade pública, causando indignação e forjando espécies de ‘heróis’ de combate ao racismo. Vinícius Júnior acabou se tornando um símbolo recente por conta da lamentável perseguição espanhola, mas casos também acontecem na América do Sul.
Desta vez, partiu de argentinos, assim como Rodallega, do Santa Fé-COL, que sofreu com torcedores do Gimnasia na terça-feira (23). Os torcedores do Huracán praticaram insultos racistas no empate em 2 a 2 contra o Emelec, na noite da última quinta-feira (25), pela Copa Sul-Americana. A denúncia foi feita pelo técnico Miguel Rondelli, do time equatoriano.
Leia mais: Ingressos Flamengo x Cruzeiro: veja como ganhar um par no sorteio do MRN
“Quero repudiar porque, depois que marcamos o gol que foi anulado, começamos a sofrer assédio da população do Huracán. Eles nos insultaram o jogo inteiro, e não estou reclamando disso, faz parte. Mas chamar meus jogadores de escravos e negros de m… parece não fazer sentido”, diz Miguel Rondelli em coletiva de imprensa.
Apenas medidas severas podem frear casos de racismo no futebol; técnico cobra Conmebol
Na Espanha, Vinícius Júnior, revelado pelo Mengão, luta para que as autoridades locais comecem a fazer algo. A polícia local só prendeu sete racistas depois da repercussão ruim e pressão do Brasil, mas demorou a agir e a sociedade espanhola teve a imagem manchada durante o mundo. O mesmo acontece na Argentina, por exemplo, que também é reincidente. Por isso, Miguel pede que a Conmebol tome providências mais duras.
“Estamos em um momento difícil, chamar uma pessoa de ‘escravo’ no século 21 não me parece mais, isso ficou para trás. Acho que tem que tomar uma atitude sobre o assunto, não apenas anunciar pelos alto-falantes, mas as multas têm que ser severas, porque, se não, isso vai acontecer de novo”, finaliza.