2019 foi o ano mágico que ficará marcado pela eternidade. Não só pelos recordes e o alto nível magnífico e futebol apresentado, mas pelas circunstâncias. O Flamengo não conquistava a Libertadores por 38 anos, mantendo apenas um título do torneio em sua galeria de troféus. Uma geração inteira sonhava com o momento da libertação, e cinco anos atrás, ele estava prestes a acontecer.
Por isso, uma loucura desenfreada tomou conta do Rio de Janeiro quando o time partiu, de ônibus, rumo ao aeroporto para embarcar para Lima, no Peru, onde enfrentaria o River Plate três dias depois. No dia 20 de novembro, quando se comemora a Consciência Negra, se comemora também o histórico AeroFla protagonizado pela maior do mundo.
➕Do fod*-se de Jesus ao milagre divino: relato de Gabigol sobre Libertadores 2019
O Rio de Janeiro parou, e a Nação levou o time para o aeroporto quase carregando o veículo nos braços. São cinco anos de um dia histórico, que simbolizava o início do sonho que estava perto de se concretizar. Desde a passeata de centenas de motociclistas acompanhando o ônibus por todo o percurso, partindo do Ninho do Urubu, até os torcedores em cima do veículo na chegada ao aeroporto, os momentos icônicos ecoarão pela eternidade.
Quem participou do momento histórico, certamente carrega um pouco da Glória Eterna no peito diariamente até hoje. Aquela conquista, em especial, é mais eterna do que todas as outras Glórias de qualquer outro clube, e cada detalhe do que se construiu naquele ano, naquela semana, naquele final de semana, deve ser constantemente relembrado e comemorado.
Flamengo aplicou virada histórica sobre o River Plate na final da Libertadores 2019
Carregados de amor, os craques do Flamengo embarcaram para Lima com uma responsabilidade ainda maior, mas com uma energia e um calor mais latentes. O time saiu atrás com gol de Rafael Borré e parecia nervoso em muitos momentos, como podia se esperar, já que era uma primeira decisão internacional em muito tempo e com jogadores que ainda buscavam a consagração.
Mas ela aconteceu. A história feita no aeroporto e por toda a cidade não poderia ter sido em vão. Gabigol empatou no fim da partida, e quando todos acreditavam que o jogo iria para a prorrogação, brigou com Pinola no apagar das luzes e marcou o gol do título após lançamento de Diego Ribas, agora aposentado. A história que vive em todo rubro-negro até hoje talvez não fosse contada sem tanto apoio, mas a torcida fechou com o time, e quando isso acontece, é quase impossível segurar o Clube de Regatas do Flamengo.
