Bruno Cazonatti | @cazonatti
Após o Flamengo ficar 10 dias apenas (dizendo que está) treinando, e só realizando um amistosinho meia boca que somente serviu para melhorar os cofres do clube, constatei que sou um babaca. Sim, um babaca iludido que acreditou mesmo que esse elenco poderia salvar 2015 com uma vaga da Libertadores. E tive realmente certeza logo após que a bola rolou, porque não precisei de míseros 10 minutos para perceber o quanto os jogadores deste elenco estão de sacanagem com a minha e com a sua cara.
Não, isso não é apenas mais um texto de quem ficou puto com uma derrota. Até porque sei bem transitar nessa linha tênue de paixão-fanatismo com razão. E sei também que perder faz parte de qualquer jogo, óbvio. Entretanto, perder da maneira que foi, independente do placar elástico, é ainda mais vergonhoso. E isso não se deve somente ao fato de o adversário estar na zona de rebaixamento. Essa indignação que toma as linhas do meu mimimi se deve também ao fato de os atletas, que se dizem profissionais no ofício da bola, levarem sua labuta na base do foda-se.
Parecia que o campo estava escorregadio, mas somente os nossos jogadores derrapavam. Faltou chuteira com trava alta ou usaram patins? Talvez um saltinho alto? A defesa me lembrou demais o jogo de Pinball, onde a bola passa pra lá, pra cá, bate, rebate, mas sempre entra. O primeiro gol que levamos, na boa... (nem vou citar aquele argentino maldito que pensa que é Mancuso, porém se parece mais com um Mugni mais robusto)... Parecia time de nível amador no Playstation! Erros grotescos de passes, finalizações esdrúxulas...
Ridículo! Não somente os erros técnicos e de tática (porra, Oswaldo!). A postura dos jogadores é o que mais irrita. Sem sangue, sem brio, raça ou culhão. Um retrato de atletas que não estão nem aí para o resultado, pois depois tem a baladinha em Floripa. Jogadores que se importam com selfies segurando Stella Artois e pensando qual será a próxima atração da segunda-feira lá no Barra Music. E isso não é nenhum sensacionalismo não. Basta acompanhar as redes sociais desses caras, pois se acham tão espertos em usar assessores de imprensa pra dar uma mísera entrevista, mas se esquecem do excesso de narcisismo.
Ano de eleição é complicado. As chapas se estapeando pra angariar votos, fica até complicado pedir para alguém meter o pé na porta daquele departamento de futebol e botar o pau na mesa. Mas fica a dica aí para quem vencer esse ano focar mais num lema “Mais Flamengo, Menos Barra Music”. É preciso cobrar seriedade desses caras e, principalmente, comprometimento. Vestiu o Manto, honra essas cores e respeita essa torcida. A gente lota estádio, adere a planos, consome o clube o tempo inteiro. Então, não adianta de nada montar uma gestão profissional com gente que faz o nosso futebol – o carro chefe do clube -, amador. Ou então continuaremos, mais uma vez como acontece em todos os anos, com essa mesma sensação de que somos apenas tratados pelo clube como meros babacas.
Com pouco mimimi, muita raiva, e me sentido o maior babaca do mundo, despeço-me.
Bruno Cazonatti
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