'Sensação maravilhosa': Filipe Luís analisa vitória do Flamengo e celebra título da Copa do Brasil
Filipe Luís concedeu entrevista coletiva após a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, neste domingo (10), que confirmou o título da Copa do Brasil com agregado de 4 a 1. Na coletiva após o apito final, o treinador rubro-negro comentou o sentimento de conquistar seu primeiro título profissional e rasgou elogios ao elenco do Mengão.
“A sensação é maravilhosa. Até agradeço ao Braz, porque, como eu falei, ao presidente, porque me deram uma máquina na minha mão. Um time que é uma máquina. Melhor elenco da América do Sul. Um elenco que pode bater de frente com alguns times da Europa. E eu estou liderando esse grupo de jogadores que são fantásticos”, iniciou Filipe Luís.
➕ Melhores momentos: Atlético-MG 0x1 Flamengo – Copa do Brasil
Dando prosseguimento nos elogios ao elenco, Filipe comentou como a final foi um exemplo da força do elenco rubro-negro. Isso porque Bruno Henrique, Fabrício Bruno e Gonzalo Plata melhoraram o time quando saíram do banco. O último, aliás, o responsável pelo gol da vitória em Belo Horizonte.
“Um grupo que não tem vaidade, um grupo que não tem ego. O pessoal que saiu do banco foi o que melhorou o time, o que resolveu. E só se faz um time campeão com um elenco altamente qualificado. Isso falando de todas os desfalques também que temos. Mas como o grupo e as contratações foram tão boas, e a janela de contratação foi tão excelente, o grupo não perde o nível. Então eu tô muito feliz por toda essa trajetória. E feliz de ser campeão do lado dos jogadores que foram meus companheiros.”
O treinador falou também ter sido campeão com apenas nove jogos no comando do clube, com sete vitórias, um empate e somente uma derrota. Ele mais uma vez cita e agradece Tite por deixar o time na semifinal da Copa do Brasil.
“Ser campeão com nove jogos, né (risos). Isso quer dizer que alguém me deixou com essa possibilidade de quatro jogos da Copa do Brasil para ser campeão. E que quatro jogos! Antes, foi o Palmeiras, um jogo superdifícil com o Tite. Então esse grupo, com esses jogadores, foi que levou o time até esse troféu muito bonito e muito especial para o clube”, finalizou Filipe Luís.
Batalha tática com Gabriel Milito
As coletivas de imprensa são um dos motivos fazem Filipe ser muito elogiado por torcedores e jornalistas no Flamengo. O treinador costuma ser didático e não tem problema em explicar o que pensou como estratégia de jogo. E, contra o Atlético-MG, revelou que foi surpreendido pela formação de Milito.
“Eu esperava que ele viesse com um 3-4-3, mas ele veio com um 3-5-2, e ficou mais difícil de pressionar. Achei que fosse ser melhor para gente, mas resultou que a saída de bola e as soluções táticas que o dentro do Atlético causaram muitas dificuldades. Confundiu muito o Gerson e o Wesley desse lado, porque o Arana descia muito. Ele estava com um jogador nas costas e dois atacantes, com os dois zagueiros, então foi muito complicado para gente balançar e o campo ficou muito grande para os laterais. (muito espaço para cobrir)”, disse Filipe, antes de completar:
“Confesso que eu gostaria de ter o volume que eles tiveram. Eu preparei tudo para ter o volume que o Atlético teve. O Atlético correu riscos enormes na fase defensiva, porque eles pressionaram mano a mano. Esse risco eu não quis correr. Foi uma escolha minha. Primeiro pelo resultado. Sabendo da velocidade do Paulinho, da qualidade do Hulk e do Zaracho, principalmente, do Scarpa e do Arana. Então eu preferi não pressionar também mano a mano para poder ter uma sobra mais atrás.”
Por fi, o treinador falou como o time melhorou após a entrada de Fabrício Bruno e formação de uma linha de cinco na defesa. Os laterais conseguiram acertar a marcação, e foi a partir desse momento que o time empilhou chances para deixar a decisão com placar elástico.
“Mas ainda assim, os jogadores, como são fisicamente tão fortes, conseguiram solucionar muitas vezes os problemas que tivemos no primeiro tempo. E depois no segundo tempo, colocando o Fabrício, o time já teve mais amplitude. Os laterais conseguiram soltar com mais facilidade e a gente conseguiu ter mais controle., tivemos muitas chances para fazer gol, perdemos muitos gols, mas conseguimos vencer o jogo e, principalmente, ser campeão, que é o que realmente importa. Nós queríamos o troféu e não queríamos ser o campeão da posse de bola. “
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.