Seneme briga com imagem para justificar pênalti não marcado contra o Flamengo

11/07/2023, 09:43
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, justificou o pênalti não marcado para o Flamengo contra o Palmeiras

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, justificou a não marcação do pênalti em Everton Ribeiro. Na última partida contra o Palmeiras, quando o Flamengo já empatava o jogo, Everton sofre uma carga nas costas dentro da área, mas o árbitro nada marcou. Durante o programa papo de arbitragem, Seneme brigou com a imagem para concordar com Ramon Abatti Abel.

“Esperou o contato e caiu, contato mínimo e ele se joga. Para mim não tem impacto para derrubar ele. Ele segura a passada e se joga”, afirmou o árbitro em campo, endossado pelo VAR em seguida. Além disso, Wilson Seneme explicou sua visão sobre a jogada, brigando com a imagem.

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“Todo ombro nas costas é falta? Não, nem todo ombro nas costas é falta. Mas, quando há o ombro nas costas tem que avaliar se esse contato é suficiente para derrubar o jogador ou não. Para os árbitros, não foi suficiente. É muito claro isso na narrativa do árbitro de campo, que viu a jogada e interpretou”, expôs.

Comissão de Arbitragem se divide sobre lance

Seneme também confidenciou que, na Comissão de Arbitragem da CBF, os membros ficaram divididos sobre o lance, considerado o mais difícil da rodada. Dos 11 membros, 6 votaram para não marcar a penalidade, enquanto 5 acreditam que foi falta do jogador do Palmeiras em Everton Ribeiro no lance e pênalti para o Flamengo.

Apesar disso, a ideia de que o jogador do Flamengo atrasa a passada é questionável. Vale lembrar que, na jogada, Everton Ribeiro está muito próximo à linha de fundo. Portanto, caso o jogador não diminuísse o ímpeto no lance, poderia sair com bola e tudo.

Por fim, mesmo que a CBF tenha acertado ao dizer que o lance é interpretativo, Ramon Abatti Abel fala no áudio que não há carga nas costas de Everton Ribeiro, quando na verdade, a jogada gerou polêmicas justamente por ter sido uma carga nas costas do meia. Ou seja, pelo protocolo, o VAR deveria tê-lo chamado para rever o lance. Portanto, o árbitro interpretou de maneira errônea a jogada, ainda que estivesse próximo da disputa entre os jogadores.


Leonardo de Deus
Autor

Sou de Teófilo Otoni-MG, mas moro e estudo jornalismo em Belo Horizonte, na PUC Minas. Apaixonado pelo Flamengo, videogames, Samba, MPB e sou ex-tenista.