SAF rubro-negra? Zico opina se Flamengo deve se tornar um clube-empresa
Com a crescente onda das nada anônimas Sociedade Anônimas do Futebol (SAF), o rubro-negro pode se questionar: o Flamengo precisa surfar essa onda? Por isso, muitos torcedores opinam nessa questão, enquanto a diretoria adota cautela no tema. E agora, o maior da história do Flamengo entrou na jogada.
Em entrevista ao Correio Braziliense, Zico respondeu sobre as SAFs ao portal. O Galinho respondeu se o Flamengo deve ou não aderir ao modelo de clube-empresa. O maior, no entanto, saiu pela berlinda e aproveitou para elogiar a Nação Rubro-Negra.
“O Flamengo tem a massa que responde. Tem espaço na mídia. Mais patrocinador do que os outros. O Flamengo, sendo sério, como foi esse grupo que entrou, ‘tudo para o Flamengo, nada do Flamengo’, faz a diferença”, disse o Galinho.
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Contudo, o Galinho aproveitou para lembrar o modelo de clube-empresa idealizado por ele no passado. Zico foi secretário de esportes no governo Collor entre 1990 e 1991 e chegou a propor um projeto de “futebol-empresa” no Brasil. Entretanto, a proposta não chegou a ser sancionada.
“Isso aí não é nada mais do que o meu projeto quando fui secretário (de Esportes, no governo de Fernando Collor de Mello): futebol-empresa. É a mesma coisa! Só mudou o nome. Havia condição de criar o clube-empresa, separar do departamento de futebol. Era mais viável. O único lugar que tem quadro de sócios é aqui no Brasil”, finalizou Zico.
As SAFs só começaram a existir no Brasil em agosto do ano passado, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a Lei nº 14.193/2021.
Flamengo adota cautela com as SAFs
Durante o evento InvestSmart o vice-presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes, falou sobre as SAFs. O dirigente classificou o modelo como um “mau-necessário” e disse que ele “não é para todo mundo, mas pode solucionar de forma mais rápida quem está buscando” a reestruturação financeira.
O dirigente foi um dos pilares da recuperação econômica do Flamengo que começou em 2013. Na palestra do evento, o dirigente também levantou uma questão sobre os donos de clubes: “Quem investe em algo que não pode sair? Como sair desse negócio? Essa é uma discussão que ainda não está resolvida na SAF e nem na Premier League”.
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Enquanto não se anima em ser comprado, o Flamengo busca comprar outros clubes. Não é mais segredo que a atual diretoria rubro-negra planeja uma parceria com investidores para um aporte de 50 milhões de euros na compra no Tondela. Bastante empolgado com o tema, mas sem citar nomes, Tostes falou sobre o tema no InvestSmart.
O vice de finanças do Flamengo revelou que já fez mais de 100 reuniões com investidores e acredita muito no sucesso do projeto. “Não consigo ver onde não vai funcionar. Olho para todos os lados e as oportunidades são gigantes. É iminente”, disse.
Apaixonado por contar histórias. Profissional com facilidade na escrita e na comunicação. Atualmente, redator no Mundo Rubro Negro