Rossi pode passar Ceni, Raul e superar mil minutos sem tomar gol

Após bater na última partida o recorde da História do Flamengo de mais tempo sem tomar gol, o goleiro argentino Agustín Rossi olha para cima. Na lista histórica de goleiros no Brasil, ele ainda está em 17º lugar e tem que praticamente dobrar a marca para chegar ao topo. Mas pode atingir uma nova marca importante já neste sábado contra o Nova Iguaçu.

Se chegar aos 24 minutos do primeiro tempo sem levar gol, Rossi supera a marca de Rogério Ceni pelo São Paulo em 2007. Atualmente, o argentino é dono da 17ª maior série da história do Brasil, com 965 minutos; Ceni, com 988, vem logo acima.

Se a invencibilidade da meta persistir até os sete minutos do segundo tempo, Rossi passa uma lenda rubro-negra, para muitos o maior goleiro da história do Flamengo: Raul, que ficou 1.016 minutos sem sofrer gols quando jogava no Cruzeiro, em 1969.

O recorde rubro-negro superado por Rossi na última partida era justamente de Cantarele, goleiro formado na Gávea que fez parte da geração multicampeã dos anos 80 na reserva de Raul.

Se Rossi completar a partida deste sábado sem levar gols, ele passará mais três goleiros – Ladel (Operário-PR), Hélio (ABC-RN) e Saulo (Ferroviária – SP) – e ficará a apenas dois minutos de entrar no top 10, com 1.055 minutos contra 1.057 de Leão, do Palmeiras, em 1973.

Ainda faltarão, entretanto, 762 minutos, ou quase oito jogos e meio, para Rossi subir ao topo do ranking, o que ficará mais difícil com o início da Libertadores e do Brasileiro. O recordista histórico do Brasil – e do futebol mundial – é Mazaropi, do Vasco, que ficou 1.816 minutos sem levar gols entre 1977 e 1978,

Além da marca individual de Rossi, o Flamengo busca mais dois recordes coletivos nas próximas partidas. Contra o Fluminense, o clube já atingiu a maior sequência de jogos sem sofrer gols na sua história – 11. O número pode ser ampliado neste sábado.

Já para garantir a média de defesa menos vazada da história do Campeonato Carioca, o Flamengo pode até sofrer um gol nas duas partidas finais. Se isso acontecer, terminará o Carioca com média de 0,13 gol sofrido por partida – a melhor média até hoje é dividida pelo Fluminense de 1917 e o Vasco de 1977, ambos com 0,17.

Já se não levar nenhum gol do Nova Iguaçu, o Flamengo terminará o campeonato com uma média ainda mais impressionante de apenas 0,06 gols por partida.

O desafio é que justamente o Nova Iguaçu foi o único time a marcar gol no Flamengo no Carioca até agora – mas o time era o sub-20 treinado por Mário Jorge com o reforço de alguns jogadores do elenco principal, como o goleiro reserva Matheus Cunha.