Rogério Ceni diz não ver Gabigol e Pedro jogando juntos; veja trechos da entrevista
Técnico destacou a atuação do volante improvisado e o tamanho da vitória sobre um time finalista da Libertadores
Em coletiva de imprensa após a vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras nesta quinta, 21, em Brasília, o técnico Rogério Ceni destacou a força do Flamengo. De acordo com ele, o time muito técnico e a boa atuação de Willian Arão como zagueiro foram o ponto alto. Entretanto, disse não ver Gabigol e Pedro atuando juntos ainda.
Ceni elogiou o desempenho da equipe. Segundo ele, foi a campo um time muito técnico e isso foi um diferencial contra o finalista da Copa Libertadores:
“Não lembro de um time começar com seis jogadores altamente técnicos. Foi um prêmio pela ousadia e pelo empenho deles. A gente está em processo de crescimento, não acontece do dia pra noite. Mas com a entrega que eles têm, podemos lutar pelo octacampeonato (brasileiro).”, disse o técnico.
Com Willian Arão improvisado como zagueiro, Rogério Ceni afirmou que a equipe havia treinado desta maneira. Contudo, destacou que não é algo que possa acontecer sempre. De acordo com ele, cada jogo pede uma escalação:
“Nós treinamos semana passada com o Arão nessa posição. Hoje eu achei que ele encaixava melhor, achei que o Rony começaria jogando, mas não veio. Mas, onde quer que ele jogue, ele é muito importante. Ele sempre tem boa vontade em ajudar. Pra você transformar um volante em zagueiro tem que contar com a boa vontade. Pode ser que ele possa ser utilizado mais vezes, mas é um cara que colabora muito dentro de campo”, explicou.
Sobre as substituições, novamente Pedro e Gabigol não atuaram juntos. E, de acordo com o treinador, não é algo que tenha em mente agora. Entretanto, Ceni afirmou que a possibilidade pode acontecer:
“Agora é muito cedo pra falar algo pós o jogo. Bruno Henrique quando tomou amarelo, já que estava suspenso, resolvi deixar ele mais tempo. Gabriel e Pedro, eu até agora não consigo ver a possibilidade de começo com os dois, mas posso pensar e olhar pra ver se é possível.”, disse aos jornalistas.
O Flamengo encara o Athletico-PR no domingo, 23, às 16h. O jogo será em Curitiba.
VEJA TRECHOS DA COLETIVA DE ROGÉRIO CENI
Vitória contra um time do G6
“Eu não lembro se eu peguei algum outro time que estava no G-6, mas o Flamengo estava com dificuldade de vencer um dos cinco primeiros. Mas mostra pra gente, pro torcedor, que é possível enfrentar equipes assim. É importante, porque temos mais três confrontos assim”.
Vencer um time finalista da Libertadores
“Nós enfrentamos um Palmeiras que vinha, nos últimos 11 jogos, tomando 8 ou 7 gols. É uma equipe forte, estruturada. Ganhar um jogo desse tamanho pode trazer a força que precisamos. Quando o Flamengo sente a possibilidade, se torna cada vez mais forte”.
Jogar em Brasília e logística
“Venda de campo em pandemia, já que não tem público, é difícil. Pra gente foi importante porque poderíamos viajar menos. Se pode ter mais jogos em Brasília, pelo gramado então, claro que pode. Gramado bem cuidado que dá pra praticar um bom futebol”.
Trégua da torcida após bons resultados
“Trégua você tem quando tá em guerra, mas acho que estamos no mesmo lado. Eu quando vim pra cá, vim pra fazer o melhor pelo Flamengo. Eu não sou ligado a rede social, as minhas escolhas são baseadas no dia a dia, nada externo. Mas entendo que existe um mundo virtual”.
Dois jogos seguidos sem sofrer gols
“Nós criávamos chances de gols, crescemos contra o Goiás, mas não foi algo fora de série, muito por conta da chuva, mas acho que o time entendeu que, além do talento, precisa se esforçar mais. Podemos ressaltar que estamos dois jogos sem sofrer gols, algo que estava sendo um problema pro Flamengo”.
Jornalista e Historiador, é apaixonado por futebol bem jogado. Já atuou na Rádio Roquette Pinto e como colunista no Goal.com. Siga no Twitter: @EuBrguedes