Rodrigo Caio faz apelo contra hate nas redes sociais

O impacto das redes sociais sobre os jogadores é cada vez mais real. Os internautas não costumam se preocupar com quem estão atacando. Simplesmente proliferam discurso de ódio sem impedimentos e sem enxergar o mal que podem causas. O discurso de Rodrigo Caio sobre tudo que lia sobre suas lesões é forte e desperta reflexão.
Em entrevista ao GE, o zagueiro que se despede do Flamengo, fez um desabafo. Ele alega que jamais quis passar período algum lesionado. Apesar de tentar ser forte e ignorar os comentários, Rodrigo Caio revela que os comentários o machucavam.
Leia mais: Rodrigo Caio é rechaçado em clube da Série A
“Aqui, quando começaram as lesões, era muita piada. Muita brincadeira. Eu tento afastar isso de mim. Questão de rede social. Mas alguma coisa sempre chega e eu tentava levar na brincadeira. No fundo, machuca. Eu nunca quis isso para a minha vida. Nunca quis me machucar. Não eram lesões musculares para falar que eu não me cuido. Muito pelo contrário. Tenho minha academia em casa e trabalho todos os dias para chegar ao treinamento preparado. Mas foram lesões articulares graves”, desabafa.
Rodrigo Caio endossa discurso contra hate nas redes sociais
O zagueiro Rodrigo Caio adota discurso contra o hate nas redes sociais. Além disso, afirma que jamais ouviu esses comentários pessoalmente. Ou seja, são pessoas mal intencionadas e se aproveitando do anonimato online.
“A rede social hoje em dia virou uma plataforma muito grande para as pessoas que não colocam a cara e ninguém sabe quem é. Vão ali xingar. Zoar, criticar. Ninguém sabe quem é. É uma minoria que não podemos dar importância para isso. Agora, a maioria sempre me respeitou e deu carinho. Independentemente das circunstâncias em todos os lugares. Nunca! Nunca eu tive uma brincadeirinha de alguém que me encontrou em algum lugar. Isso eu posso dizer com toda certeza. Nada tipo: “Pô, você só se machuca, você é de vidro” relata o zagueiro.
O zagueiro se preocupa com outros jogadores. Rodrigo Caio conseguiu superar. Mas outros atletas podem se abater com a opinião pública e ter a carreira encerrada.
“Pode acontecer com outras pessoas e elas têm que ter a atenção para chegar ali. Perguntar, se fazer presente. Essas pessoas podem não conseguir superar. Eu consegui! Mas há pessoas que a partir de brincadeiras não estão nem aí para o seu bem-estar mental e físico. Pessoas que não querem saber se você vai conseguir passar pelas dificuldades. Querem brincar e zoar. Elas têm que ter essa atenção. O Rodrigo conseguiu superar. Mas e o João: será que vai conseguir? Isso pode acabar não só com a carreira. Mas com a vida de uma pessoa”, destaca Rodrigo Caio.
Zagueiro do Flamengo revela que procurou psicólogo
Com toda essa situação e o problema com as lesões, o acompanhamento psicológico foi procurado. No entanto, Rodrigo Caio não tratou por muito tempo. O zagueiro diz que não teve o efeito que esperava e parou com as sessões. Portanto, se apoiou na religião.
“Por que agradecer? Cara, eu era improvável. Eu com 15 anos tive uma lesão surreal que muita gente falava que eu não ia jogar mais. Com 30 anos eu estou performando. Conquistar tudo que conquistei. Chegar na Seleção. Comecei a agradecer e entender que Ele tinha um propósito maior na minha vida. Mas houve um momento em que dei uma baqueada e fiz algumas sessões (com psicólogo). Mas não sentia que era isso e não estava me ajudando”, finaliza.