Renato Maurício Prado não poupou críticas ao trabalho de Tite no Flamengo. O jornalista publicou uma coluna após o jogo entre Flamengo e Botafogo, pelo Campeonato Carioca. Apesar da vitória por 1 a 0, a equipe rubro-negra não convenceu em campo com mais uma atuação ruim.
O colunista criticou o fato de Tite já ter chegado aos três meses de trabalho na Gávea, mas ainda sem uma ideia de jogo clara. Nos últimos dois jogos, contra Vasco e Botafogo, o Flamengo sofreu para finalizar com perigo no gol adversário. A maioria dos lances empolgantes são frutos de jogadas individuais ou bola parada, indicando falta de criatividade do time.
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“Após 12 jogos na temporada passada e cinco na atual, o Flamengo de Tite ainda é um nada. Não tem esquema tático bem definido, carece de jogadas ensaiadas. Domina territorialmente seus adversários, mas é incapaz de traduzir em gols (ou mesmo em oportunidades para marcar) tal superioridade. É o típico arame liso. Uma enorme decepção”, falou RMP.
Ainda sem empolgar, o Flamengo conta com um jogador que vive fase extraordinária para se salvar da berlinda: Léo Pereira. O zagueiro voltou a marcar contra o Botafogo e foi exaltado por Renato Mauricio Prado. O jornalista declarou que Léo Pereira não merece perder sua vaga mesmo com uma chegada de Léo Ortiz, sinalizando que a dupla ideal da zaga seria os xarás e sem Fabrício Bruno.
“Com duas intervenções milagrosas, evitando dois gols do Vasco, e o gol de cabeça, ao apagar das luzes, contra o Botafogo, Léo Pereira é o herói do momento do Flamengo. É impensável barrá-lo, mesmo que venha Léo Ortiz”.
RMP quer Gabigol e Bruno Henrique como titulares
Se Léo Pereira é titular intocável, RMP quer mudanças no ataque do Flamengo. Para o jornalista, Gabigol e Bruno Henrique se encaixam melhor na equipe atual do que Pedro e Cebolinha. Gabi e BH costumam ser apostas de Tite no segundo tempo do Flamengo e vêm correspondendo bem quando acionados.
“Tite parece viver um dilema atroz. Amante de um jogo posicional, com dois pontas atarraxados às linhas laterais, a presença do quarteto (Pulgar, Gerson, De La Cruz e Arrascaeta) que se impõe no meio-campo, por sua qualidade, o obriga a jogar com apenas dois atacantes de ofício. E mais: com esse esquema, jogadores de grande mobilidade, como Gabriel e Bruno Henrique, encaixam bem melhor com este meio-campo do que Pedro e Cebolinha. Mas o técnico teima com eles”, criticou.