Rizek perde paciência com comparações: 'Diferença está na economia, idiota'

Com a Copa do Mundo de Clubes, voltou o debate sobre qual seria a grande diferença que distância tanto o futebol sul-americano para o europeu. Para o jornalista André Rizek a resposta é óbvia, inclusive se irritando depois do jogo entre Flamengo e Bayern de Munique.
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O Flamengo lutou muito, chegando talvez no seu limite, mas não conseguiu superar o Bayern de Munique. Isso, junto do bom jogo que o time fez, gerou o debate sobre a diferença de patamar entre as equipes, que para Rizek, se dá claramente pelo abismo financeiro existente.

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O comentarista dispara sobre como o nível técnico nunca foi discrepante, tanto que todos os gigantes europeus, com exceção justamente do Bayern, tem brasileiros no plantel.
A diferença está no dinheiro, sendo os europeus aqueles que controlam o capital e conseguem vir ao Brasil, ou qualquer outra liga sul-americana que seja, e obter os talentos.
"A gente insiste em perguntar sobre uma coisa tão óbvia e ululante, que é a diferença do futebol sul-americano para o europeu. Quero deixar claro, isso é uma coisa tão óbvia, que não é a diferença do futebol do jogador sul-americano para o europeu, tanto que, com exceção feita ao Bayern, todos os europeus aqui, vivos na competição, têm jogadores brasileiros. O Vinícius Júnior joga na Europa, assim como os nossos principais jogadores. E a gente insiste em perguntar a diferença do futebol sul-americano para o europeu. É o dinheiro, é a economia, idiota, como diria o outro", analisou Rizek.
Rizek: "Não é a diferença do futebol, do jogador sul-americano para o europeu. Os europeus têm dinheiro para comprar os melhores jogadores do mundo. E, entre os melhores do mundo, estão os sul-americanos" pic.twitter.com/dO7lKpElwx
— ge (@geglobo) June 29, 2025
Para efeito de comparação, Harry Kane, autor de dois gols sobre o Flamengo, custou aos cofres do Bayern de Munique R$ 538 milhões. Segundo dados do Transfermarkt, o plantel inteiro do Rubro-Negro custa pouco mais de R$ 1,5 bilhões. Ou seja, somente um jogador dos bávaros, equivale a um terço de todo o elenco flamenguista.
Filipe Luís decorreu sobre o assunto em coletiva, apontando justamente o fator financeiro como a grande diferença de realidade entre os continentes.
O técnico cita como os grandes talentos são comprados pelo futebol europeu, usando Vini Jr como exemplo.
"O nível entre o futebol brasileiro, sul-americano e europeu é tão enorme que é intransponível. O que fazer para que isso não seja assim? Não vender jogadores. Impossível. Se o Vinicius Júnior não tivesse saído, hoje teríamos o melhor jogador do mundo jogando com a gente. E por que eles saem? Porque querem jogar na elite do futebol. E é muito simples. São os melhores", analisou.
Para Rizek, Flamengo só venceria o Bayern em um dia "perfeito"
Ainda frente essa diferença entre clubes, para André Rizek, o Flamengo precisaria enfrentar o Bayern de Munique de 10 a 12 vezes para vencer uma.
O jornalista afirma que a partida deveria ser perfeita, com Rossi operando milagres, time se aproximando do erro zero, e o Bayern ainda por cima não desempenhando tão bem.
"Eu acho que se o Flamengo jogar umas 10, 12 vezes com o Bayern, talvez consiga ganhar um jogo. Estou chutando, né? Porque eles não jogam 10, 12 vezes. Eu acho que talvez consiga, num dia em que o Bayern não esteja tão bem, num dia em que o Flamengo se aproxime... Não existe erro zero, mas num dia em que o Flamengo se aproxime do erro zero, num dia em que o Rossi consiga fazer milagres, um jogo, dá para sonhar", dispara Rizek.