Hoje a minha reflexão é sobre Gabriel Barbosa, o Gabigol ou Gabi.
Ao longo dos últimos 54 meses acompanho esse personagem de perto, e é incrível como os torcedores do Flamengo, ainda não entenderam o tamanho e a importância dele.
Leia mais do autor: O torcedor que se acha profissional
Por vezes não entrega tudo tecnicamente, perde alguns gols “imperdíveis”, mas sempre está lá, correndo, se esforçando, querendo jogar todas, não se machuca, não se omite.
A importância do Gabi vai muito além do campo e dos gols que ele faz, é ele quem perturba o árbitro, quem discute com o adversário, ele que mobiliza a torcida mais do que qualquer outro jogador desse elenco multicampeão.
Quem vai ao estádio tem a exata noção disso que estou escrevendo.
A questão dos cartões que muitos reclamam, é o reflexo do seu temperamento que não gosta de perder aliado a um elenco que não cobra ou pressiona a arbitragem.
Se o elenco dividisse mais essa responsabilidade, talvez ele não precisasse fazer isso durante todo jogo.
Outra coisa que chama a atenção, são suas declarações em momentos específicos. Isso demonstra o quão conectado ele é com o clube, com a torcida e com o que acontece ao seu redor.
É óbvio que a paixão muitas vezes nos cega, muitas vezes queremos racionalizar o que só se pode sentir.
Confira também: Se aposentar no Mengão? Gabigol fala da possibilidade
Gabigol traduz muito do rubronegrismo, da marra, da “soberba” rumo a Tóquio, do deixou chegar, e isso, aliás, é bom demais.
Num clube mais do que centenário, escrever o seu nome na história não é fácil.
Todos os torcedores dos outros clubes que eu conheço ou queriam o Gabigol no seu clube ou detestam ele. E isso mostra a sua grandeza, afinal ninguém fica indiferente a ele.
Então minha dica, se é que posso dar uma, é aproveitem o maior ídolo rubro negro, pós-geração Zico, aquele que a criançada adora. Amem odiá-lo ou odeiem amá-lo, como queiram.