Rico Monteiro: Gabigol, o maior pós-geração de Zico

07/06/2023, 09:48
Gabigol no chão após dividida no jogo Flamengo x Fluminense

Hoje a minha reflexão é sobre Gabriel Barbosa, o Gabigol ou Gabi.

Ao longo dos últimos 54 meses acompanho esse personagem de perto, e é incrível como os torcedores do Flamengo, ainda não entenderam o tamanho e a importância dele.

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Por vezes não entrega tudo tecnicamente, perde alguns gols “imperdíveis”, mas sempre está lá, correndo, se esforçando, querendo jogar todas, não se machuca, não se omite.

A importância do Gabi vai muito além do campo e dos gols que ele faz, é ele quem perturba o árbitro, quem discute com o adversário, ele que mobiliza a torcida mais do que qualquer outro jogador desse elenco multicampeão.

Quem vai ao estádio tem a exata noção disso que estou escrevendo.

A questão dos cartões que muitos reclamam, é o reflexo do seu temperamento que não gosta de perder aliado a um elenco que não cobra ou pressiona a arbitragem.

Se o elenco dividisse mais essa responsabilidade, talvez ele não precisasse fazer isso durante todo jogo.

Outra coisa que chama a atenção, são suas declarações em momentos específicos. Isso demonstra o quão conectado ele é com o clube, com a torcida e com o que acontece ao seu redor.

É óbvio que a paixão muitas vezes nos cega, muitas vezes queremos racionalizar o que só se pode sentir.

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Gabigol traduz muito do rubronegrismo, da marra, da “soberba” rumo a Tóquio, do deixou chegar, e isso, aliás, é bom demais.

Num clube mais do que centenário, escrever o seu nome na história não é fácil.

Todos os torcedores dos outros clubes que eu conheço ou queriam o Gabigol no seu clube ou detestam ele. E isso mostra a sua grandeza, afinal ninguém fica indiferente a ele.

Então minha dica, se é que posso dar uma, é aproveitem o maior ídolo rubro negro, pós-geração Zico, aquele que a criançada adora. Amem odiá-lo ou odeiem amá-lo, como queiram.


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