Saiba como é o retrospecto do Flamengo contra argentinos na história da Libertadores
Com o Racing pela frente nas oitavas, retrospecto do Flamengo contra argentinos na Libertadores é favorável ao clube carioca
Nessa sexta-feira (23), foi realizado o sorteio das oitavas de final da Copa Libertadores 2020. Mesmo com a terceira melhor campanha da fase de grupos, o Flamengo terá uma pedreira no seu caminho: o Racing, da Argentina. Mas, apesar de ser um oponente complicado, o retrospecto do Flamengo contra argentinos na maior competição das Américas é positivo.
Ao todo, são 11 jogos na história, com seis vitórias, três empates e duas derrotas. O adversário mais recorrente é o River Plate, que apareceu cinco vezes no caminho do Mais Querido. A mais marcante delas, é claro, na última decisão do torneio, que teve vitória rubro-negra. Enquanto o confronto contra o Racing será o primeiro.
Histórico se inicia na década de 80
A história do Flamengo desafiando os “hermanos” começou em 1982. Um ano depois da primeira conquista da América, o time de Zico e cia encarou o River Plate, na segunda fase da competição. Apesar dos millonarios terem passado para esse estágio do torneio com a melhor defesa, isso não foi páreo para a artilharia ofensiva do clube carioca.
No Monumental de Nuñez, uma vitória categórica pelo placar de 3 a 0. Lico, Nunes e Zico foram os autores dos gols. Na partida de volta, para um público de 68 mil pessoas, novamente o Rubro-Negro foi impiedoso no setor ofensivo. Dessa vez, batendo o River por 4 a 2, com tentos marcados por Júnior, Tita, Zico e Ronaldo Marques.
Apesar das duas excelentes vitórias contra os argentinos, o Flamengo acabou ficando em segundo no seu grupo, atrás do Peñarol. E, como naquela época, o regulamento previa uma final entre os primeiros colocados de cada grupo, o clube carioca ficou de fora da decisão.
Primeira derrota vem na década de 90
Quando se pensa no maior clássico das Américas, é normal lembrar de “Boca x River” como resposta. E foram exatamente as duas maiores equipes da Argentina que estiveram no caminho do Flamengo no retrospecto geral contra times desse país.
Comandado por Vanderlei Luxemburgo e capitaneado por Júnior, um Flamengo cheio de garotos recebeu os xeneizes no Maracanã pelo jogo de ida das quartas-de-final. A vitória por 2 a 1, com gols de Marquinhos e Gaúcho, não foi o suficiente para os cariocas. Na partida de volta, o revés pelo placar de 3 a 0 acabou dando a vaga ao Boca.
Anos 2000: eliminações traumáticas marcam o início da década
Em 2012, um adversário inédito pela frente. O badalado Flamengo, que tinha nada mais, nada menos que Ronaldinho Gaúcho e Vágner Love em seu elenco, caiu em um grupo que muitos viam como acessível. Lanús, Olimpia e Emelec eram os adversários.
E contra os argentinos, a estreia. Estádio de La Fortaleza, localizado na província de Buenos Aires. O Mais Querido, treinado por Joel Santana, abriu o placar no segundo tempo, com gol marcado pelo lateral Léo Moura. Apesar de ter ficado todo na retranca, o Rubro-Negro sucumbiu a pressão adversária e levou o empate no fim.
No jogo da volta, o trauma. Um dia que ficou marcado na mente de muitos flamenguistas pelo pior motivo possível. Chegando na última rodada em situação crítica, o Flamengo necessitava de uma vitória contra o Lanús, somada a um empate entre Olimpia e Emelec para se classificar.
O duelo contra os argentinos não foi dos mais difíceis: vitória com placar elástico, 3 a 0. Gols de Wellinton, Luiz Antônio e Deivid. O problema era o que acontecia no Estádio Defensores Del Chaco, no Paraguai. O Emelec vencia por 2 a 1 até os 42′ do segundo tempo, quando o Olimpia empatou. Festa da Nação! Mas…minutos depois, gol do Emelec. Eliminação rubro-negra com requintes de crueldade.
Em 2016, um novo adversário. O San Lorenzo de Almagro, que havia conquistado a tão desejada taça da Libertadores dois anos antes. Novamente, na estreia da competição, os argentinos. Dessa vez, vestindo vermelho e azul.
No Maracanã, uma goleada. Aproveitando a falta de ritmo dos jogadores do San Lorenzo, por conta da greve do futebol na Argentina, o Mais Querido fez 4 a 0, com direito a pênalti perdido por Paolo Guerrero. Na volta, em partida disputada no Nuevo Gasómetro, uma nova eliminação traumática.
De nove combinações possíveis de resultado, apenas uma não classificava o Flamengo. E foi exatamente essa que aconteceu. Derrota para o San Lorenzo, por 2 a 1, com o gol da virada sendo marcado aos 47′ do segundo tempo. Enquanto isso, o Athletico-PR ganhava da Universidad Católica, no Chile. Ambos os vencedores daquela noite seguiram rumo as oitavas.
Mais uma vez, o River pela frente; a Glória Eterna foi alcançada
Em 2018, o Flamengo precisou iniciar a fase de grupos jogando sem público, em virtude da confusão ocorrida no Maracanã, na final da Sul-Americana de 2017, contra o Independiente (ARG). Uma dessas partidas foi contra o River Plate.
Na primeira rodada, um empate por 2 a 2, recheado de polêmica. Após sair atrás no placar, o Mais Querido virou com gols de Éverton e Henrique Dourado. Porém, no final da partida, os Millonarios igualaram o placar, com um chute de fora da área fora do alcance de Diego Alves.
Na última rodada, Flamengo e River chegaram já classificados. E, por conta disso, o que se viu no Monumental de Nuñez foi um empate chocho por 0 a 0. Entretanto, o que faltou de emoção na Argentina, sobrou em Lima, quando as equipes se enfrentaram novamente.
38 anos depois, o Flamengo voltava a ganhar um título de Libertadores, da forma mais épica possível. O jogo que imortalizou nomes como Gabriel Barbosa, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Jorge Jesus na galeria de ídolos rubro-negros. A Glória Eterna que todo flamenguista sempre sonhou em assistir.
Já o retrospecto do Flamengo contra o Racing…
Apesar de não ter enfrentado o time de Avellaneda pela Libertadores, eles já se enfrentaram por um torneio internacional. Em 1992, pelas semifinais da Supercopa, o Racing levou a melhor contra o Mais Querido.
Após um empate por 3 a 3 no Rio de Janeiro, os argentinos ganharam no El Cilindro. Triunfo por 1 a 0, com gol marcado por Alfredo Graciani. Na decisão, o Racing encarou o Cruzeiro, terminando a competição com o vice-campeonato.
Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Rodrigo Coca/Conmebol