Representantes do Flamengo saem confiantes de audiência na Conmebol

11/01/2018, 01:07

Ocorreu na quarta-feira (10), o julgamento dos incidentes ocorridos na final da Sul-Americana,  entre Flamengo e Independiente, no Maracanã, em dezembro do ano passado. A audiência realizada na sede na Conmebol, em Luque, Paraguai, durou mais de 3h e terminou após ás 20h (horário local) e 21h (horário de Brasília). Ainda no mês passado o Flamengo apresentou defesa por escrito, e,  hoje,  mais argumentos e provas para evitar punição.

Representado pelo advogado Pedro Fida, o rubro-negro carioca salientou que solicitou reforço máximo na segurança em documento oficial enviado à Federação e todos os órgãos de segurança (imagem abaixo), seis dias antes da partida. Ao final, foi constatado que a Polícia Militar disponibilizou 484 homens e não 650 como havia divulgado.

O presidente Eduardo Bandeira de Mello, reforçou o pedido feito à época, em entrevista, dias após o ocorrido.

"Infelizmente essa invasão de torcedores ou desordeiros foi programada com mais de uma semana de antecedência. Foi espalhada na internet, e as autoridades sabiam. Não tenho elementos para avaliar a operação, mas certamente houve erro."

O receio do clube é que o resultado do julgamento o impeça de jogar no Rio, pela Libertadores de 2018, ou então que o faça jogar com portões fechados. A estreia na competição ocorre em 28 de fevereiro, contra o River Plate (ARG), e deve acontecer no Maracanã.

Denunciado em dois artigos, 11.2 e 20, o documento cita seis incidentes no jogo do Maracanã. Pelo artigo 11.2, trata de lançamento de objetos em campo, uso de fogos de artifício e materiais pirotécnicos, "causar danos", falta de ordem e disciplina antes, durante e após a partida, além da não identificação de causadores de tumulto e agressões, o que pode penalizar o clube. O artigo 20 dispõe da segurança da partida e põe o clube mandante como responsável pela organização e medidas protetivas, com policiais ou agentes particulares.

O chileno Juan Carlos Silva, o paraguaio Eduardo Gross Brown e o venezuelano Amarilis Belisario foram os juízes do caso,  que corre no Tribunal de Disciplina da Conmebol. O Mais Querido está confiante no resultado da audiência.

Estabelecidas no artigo 22 do Regulamento Disciplina, as punições vão desde advertência a multa, perda de mandos de campo, obrigação de tirar a partida do país e até a exclusão de competições. A decisão do julgamento pode ser emitida na próxima semana, conforme comunicado oficial da organização.