Renato Gaúcho dispara duras palavras contra arbitragem e repete desculpas para mal desempenho do Flamengo
Após outra péssima atuação do Flamengo contra o Athletico-PR no empate em 2 a 2, pelo Brasileirão, Renato Gaúcho repetiu as desculpas de outros jogos. De acordo com ele, em coletiva ainda em Curitiba, nesta terça (02), a equipe sofreu com os desfalques. Mas desta vez, o técnico disparou duras palavras contra arbitragem.
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Segundo Renato Gaúcho, a arbitragem foi decisiva no jogo. No primeiro tempo, após o árbitro Marielson Alves da Silva expulsar o atacante Kayzer, o VAR entrou em ação. Revendo o lance a pedido dos auxiliares na cabine, Marielson trocou a cor do cartão de vermelho para amarelo.
Na coletiva, o técnico do Flamengo disparou contra o juiz. Usando duras palavras, falou que o futebol brasileiro vai acabar dessa maneira:
“A pergunta que eu gostaria de fazer para o Gaciba e para os árbitros: no próximo jogo meu jogador pode dar soco então? Vai poder agredir? Mas pode olhar no VAR, não sangrou, não quebrou os dentes do adversário. O que precisa fazer para ser expulso? Esta é a pergunta que precisa ser feita para a arbitragem. Essas perguntas têm que ser feitas para o Gaciba. Não é possível. Está aí o lance: agressão”, questionou Renato Gaúcho.
Questionado se o VAR atrapalhou o desempenho do Flamengo, Renato Gaúcho disse que sim. E explicou:
“Se eu falar aqui da arbitragem tem duas coisas. Uma que eu não gosto de falar de arbitragem. Outra que as pessoas vão falar que é desculpa. Mas, hoje, a arbitragem passou dos limites. No lance do Kayzer, ele deveria ter sido expulso. Foi uma agressão por cima e por baixo. Tanto é que o juiz o expulsou na hora.”, reclamou o técnico do Flamengo.
Renato Gaúcho repetiu desculpas de outras partidas para culpar mais um mau desempenho do Flamengo
O Flamengo voltou a ter péssima atuação. Entretanto, Renato Gaúcho atribuiu, mais uma vez, aos desfalques. De acordo com ele, a equipe está há meses jogando quase a cada três dias e sem suas principais estrelas.
O técnico afirmou que a queda no segundo tempo não foi orientação para recuar. No entanto, fatores do próprio jogo:
“A equipe voltou a mesma para o segundo tempo. O problema é que o adversário começou a pressionar bastante, a empurrar nosso time lá para trás. E acontece no futebol. Não é só com o Flamengo, não. O adversário vem para o tudo ou nada e começa a lançar bolas longas. Você tem que se proteger e sair rápido, principalmente quando estiver com a bola. Tentamos isso algumas vezes, infelizmente não foi possível. Seguimos tomando pressão e, infelizmente, tomamos o gol.”, disse.
Apesar do tropeço, Renato Gaúcho não jogou a toalha pela disputa do inédito tricampeonato:
“Enquanto houver chances o Flamengo vai brigar. De hoje para amanhã diminuímos mais um ponto para o Atlético. Amanhã o Atlético tem o jogo dele. Depois temos nossos jogos atrasados e ainda tem muita coisa para acontecer. Eu continuo acreditando muito no Brasileiro da mesma forma que o meu time está acreditando”, finalizou o técnico do Flamengo.
Com o empate, o Flamengo chegou a com 50 pontos e está a nove do Galo, que tem 59. Mas o time de Renato Gaúcho ainda tem um jogo por cumprir.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
Arbitragem segundo Renato Gaúcho
Se eu falar aqui da arbitragem tem duas coisas. Uma que eu não gosto de falar de arbitragem. Outra que as pessoas vão falar que é desculpa. Mas, hoje, a arbitragem passou dos limites. No lance do Kayzer, ele deveria ter sido expulso. Foi uma agressão por cima e por baixo. Tanto é que o juiz o expulsou na hora.
E mais uma vez o VAR entrou em ação. Quando eu falo que o VAR apita o jogo, ninguém acredita. Aí tinha que fazer essa pergunta para o árbitro de vídeo. E ao mesmo tempo o do jogo. Mas eles não dão entrevistas. Eles vão embora. Na próxima rodada eles vão estar trabalhando de novo. Nós, que trabalhamos arduamente para buscar o resultado, somos os criticados.
A pergunta que eu gostaria de fazer para o Gaciba e para os árbitros: no próximo jogo meu jogador pode dar soco então? Vai poder agredir? Mas pode olhar no VAR, não sangrou, não quebrou os dentes do adversário. O que precisa fazer para ser expulso? Esta é a pergunta que precisa ser feita para a arbitragem. Essas perguntas têm que ser feitas para o Gaciba.
Não é possível. Está aí o lance: agressão. Por muito menos o jogador tem que ser expulso. E o jogador que foi expulso e voltou foi o que fez o primeiro gol. E fica por isso mesmo. Chegamos ao ponto do VAR não deixar um jogador que agrediu ser expulso. Mas, amanhã, os entendidos vão falar que estou dando desculpa. E esses mesmos se amanhã ou depois um jogador meu agredir um adversário, por muito menos, forem expulsos, vão dizer que foi justamente.
VAR
O futebol brasileiro ou ele muda ou está acabando. Eu sempre fui a favor do VAR. O VAR é uma ferramenta que é impossível de você errar. Para você ver como as pessoas que estão trabalhando no VAR são incompetentes. Porque não é possível você ter todo lance, de todos os ângulos e conseguir errado. E não falo só do jogo do Flamengo. Ou se muda isso ou o árbitro vai continuar errando. Eu gostaria de saber do árbitro de vídeo hoje, se tiver uma agressão como essa, se ele não vai expulsar o jogador. Gostaria de saber isso. Já que chegamos ao ponto de termos agressões permitidas no futebol.
O que eu vou fazer? Nadar contra a maré, dar soco em ponta de faca. Eu sou um treinador, eu tenho que treinar minha equipe. Mas está demais. Mas hoje foi demais. Sinceramente. Se eu visse esse lance em qualquer partida, eu nem teria que ir no VAR. Eu expulsaria na hora. E ele vai no VAR e volta atrás. Então, agora pode ter agressão no futebol. Se não quebrar e não sangrar nada, segue o jogo. Pelo menos foi o recado que mandaram hoje
Kenedy no banco
As pessoas têm todo o direito de perguntar, mas não têm as informações daqui de dentro. O Kenedy viajou com o tornozelo inchado. Ele machucou durante o treino. Durante o intervalo do jogo, quando estava aquecendo, ele avisou a comissão técnica que não tinha as mínimas condições de entrar em campo, que o tornozelo estava inchado e estava dolorido.
No segundo tempo ele tirou a chuteira e começou o tratamento. Não tinha o Kenedy no banco. As opções eram o Rodinei, e o Michael no fim do jogo cansou. E eu tinha o Vitor, que joga no lugar do Gabriel. Então, essas eram as minhas opções.
Jornalista e Historiador, é apaixonado por futebol bem jogado. Já atuou na Rádio Roquette Pinto e como colunista no Goal.com. Siga no Twitter: @EuBrguedes