Renato Gaúcho culpa maratona de jogos por mau desempenho e desabafa: 'Quem tudo quer, nada tem'

Renato Gaúcho voltou a culpar a sequência de jogos pelo mau desempenho na derrota por 3 a 1 para o Fluminense, neste sábado (23), no Maracanã. De acordo com o técnico do Flamengo, após a partida da 28ª rodada do Brasileirão, não vem conseguindo treinar e melhorar a equipe. Mas em tom de desabafo, afirmou que jogar três competições se tornou um problema.

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O Flamengo novamente não conseguiu criar contra o Fluminense. Assim como foi contra Cuiabá e Athletico-PR, o time sofreu com a falta de criatividade. Questionado sobre como avaliava o seu trabalho, Renato Gaúcho declarou satisfação, dada às circunstâncias:

“Satisfeito pelos problemas que a gente vem tendo. Desfalques de jogadores na Seleção, no departamento médico. Mesmo assim, o Flamengo em três competições. Está na final da Libertadores, temos 90 minutos para colocar o clube em outra final na quarta-feira e estamos brigando no Brasileiro. Está cada vez mais difícil, mas qual clube joga e vence as três competições?”, afirmou.

Com a derrota, o Flamengo caiu para a terceira posição no Campeonato Brasileiro, com 46 pontos. Agora, o Atlético-MG tem 10 pontos à frente e pode chegar a 13 neste domingo.

Ao comentar sobre o que precisa melhorar na equipe, Renato Gaúcho explicou que nem tempo para treinar vem conseguindo:

“Temos coisas para melhorar, para corrigir, mas ninguém leva em consideração os problemas que estamos tendo. A gente sabe o que está passando. A cada três dias, o Flamengo tem obrigação de ganhar para ficar vivo nas competições. E nenhum time no mundo disputa três competições ao mesmo tempo e vence as três, é muito difícil. Quem tudo quer, nada tem”, desabafou Renato.

Renato Gaúcho desabafa ao falar sobre desfalques do Flamengo

Durante a coletiva, Renato Gaúcho enfatizou o fato de continuar com muitos desfalques. Mas sem explicar como solucionar o problema dos maus desempenhos, desabafou:

“Tem o problema do entrosamento. Aí se mudar a formação, vamos ter dois problemas. Nós temos o nosso padrão de jogo. É a maneira que os jogadores gostam de jogar e é a maneira que a gente treina todo mundo. Eles sabem exatamente o que deve ser feito dentro de campo. Ás vezes não dá certo. Com tantos jogadores diferentes, fica difícil”, disparou.

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Em seguida, prosseguiu explicando:

“Disputamos uma final a cada três dias. No momento que muda um ou dois jogadores, é uma coisa, quando tem que mudar quatro, cinco seis ou sete, as coisas dificultam bastante. A gente tem que continuar trabalhando. Não tenho nenhuma queixa do meu grupo. É quase impossível ganhar três competições. Ganhou, é bom. Perdeu, é ruim”, disse Renato Gaúcho.

VEJA OUTROS TRECHOS DA COLETIVA

Desfalque do Arrascaeta

“São características diferentes. As pessoas tem que entender também que quando o Arrascaeta não joga, a gente precisa improvisar um jogador, que é o Andreas. Andreas é volante, tem nos ajudado, mas não tem as mesmas características. Mas não é o mesmo talento. Ele é um jogador diferenciado, mas não é o único desfalque”.

Escalação contra o Fluminense

“A única vez que poupei jogador desde que cheguei ao Flamengo foi contra o ABC, depois de ganhar por 6 a 0. Hoje, nós estamos pagando pelo Bruno Henrique, porque deveria ter sido poupado, vinha se queixando muito do adutor.

Colocamos para jogar no meio dessas críticas. Estourou. O Pedro estava com dores muito fortes no joelho. Levamos para jogar contra o Athletico correndo um risco. Jogou 15, 20 minutos e agravou a lesão”.

Jovem Vitor Gabriel titular

“Era o único jogador da posição. Desde que eu cheguei, fez apenas três jogos. Falta ritmo. Não é que fez má partida, mas falta ritmo para o jogador. Vou improvisar tendo um jogador da posição? Ele foi bem em alguns lances, não foi tão bem em outros. Se ele faz aquele gol no primeiro tempo, seria herói”.

Andreas Pereira avançado

“São características diferentes. Quando o Arrascaeta não joga, a gente precisa improvisar. O Andreas é volante e tem nos ajudado, mas não tem as mesmas características. Não é da noite para o dia. O Arrascaeta faz falta em qualquer time, é um jogador diferenciado. E não é só o desfalque do Arrascaeta, mas não é desculpa. Jogando uma vez por semana, tem tempo de preparar e treinar a equipe. Desse jeito, a gente mal tem tempo para fazer um trabalho tático. Como vai ter entrosamento?”