Parece uma crônica de Control C, Control V, mas é só a diretoria do Flamengo fazendo o que faz melhor desde 2020.
Vamos começar falando das altíssimas expectativas que os títulos e o elenco inspiram ao torcedor. Até 2019 o Rubro-Negro tinha uma Libertadores, seis Brasileiros e três Copas do Brasil. Todos sabem que os anos de penúria e de cinto apertado de 2013 até 2018 fizeram com que o clube crescesse com uma proporção assustadora e surpreendente até pro mais apaixonado dos flamenguistas.
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Não que alguém duvidasse do potencial do Fla. Mas o que se via desde sempre era desorganização e desmando (fora o vazamento de renda). E quando o Bruno Henrique disse que o Mengo estava em “oto patamá”, fez o resumo perfeito da situação.
Deram o salto, mas a estrutura criada em 2019 está se mostrando cada vez mais frágil e superficial.
O time tem jogadores que podem ser titulares em qualquer clube e o que se vê em campo são jogadores perdidos e desencontrados, a engrenagem foi perdida e isso não é difícil de entender.
Minha avó sempre dizia que quando o gato não está, os ratos sobem na mesa, e na Gávea, no Ninho, os ratos que mandam. Enquanto não profissionalizar o departamento de futebol, enquanto não levar o planejamento a sério, veremos craques caindo de rendimento, cabeçada e bola na trave. E bola na trave não altera o placar, como já dizia Samuel Rosa, e quando a bola não entra, os bueiros vazam de sujeira.
Lembrando que jogador de futebol é profissão, tem chefe e todos sabem como funciona quando o chefe não tem o respaldo do dono da empresa, nenhum funcionário respeita. E ao invés de solucionar o problema, existe um círculo vicioso: time vai mal, jogadores insatisfeitos, panela, o técnico perdeu o vestiário, troca de técnico, time bem algumas rodadas… time vai mal, jogadores insatisfeitos…
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E como realmente existem grandes craques no time, a situação se ameniza com um título ou outro ganho eventualmente.
O pior de tudo é não ver solução, o Flamengo está preso no dia da marmota e quarta tem mais uma decisão. Que os mais fiéis se agarrem a São Judas Tadeu e vamos que vamos.