Reinvenção e idolatria: Bruno Henrique comemora volta por cima após lesão
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Desde que se recuperou, Bruno Henrique vive seu melhor momento pelo Flamengo. Sem Gabigol, o craque passa a ser um dos principais remanescentes do time histórico de 2019.
Com a responsabilidade, vem também a idolatria e as atuações como centroavante improvisado. Em 2022, o jogador teve uma lesão grave no joelho, passando um ano longe dos gramados e voltando em abril de 2023.
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Já fazem quase dois anos do retorno, mas dá para dizer que o jogador vive um de seus melhores momentos desde então.
O ídolo se consolidou ainda mais ao conquistar a Supercopa marcando dois gols em cima do rival Botafogo. BH já era tido como 'Rei dos Clássicos', apelido que não vai desgrudar de sua figura tão cedo.
Ele admite viver o melhor momento desde a lesão, mas diz também que o momento foi importante para fazer uma reflexão. Além disso, ele teve que se reinventar em prol do Mengão.
"É um momento muito bom, o melhor depois da minha lesão. Fiquei um bom tempo parado e isso me fez refletir sobre esses anos aqui no Flamengo. Pude me reinventar novamente, junto com o Filipe e nessa nova função também de ser centroavante. Estou conseguindo dar o meu melhor, fazer tudo aquilo que ele pede dentro de campo", diz, em entrevista ao Uol.
O craque flamenguista também fala sobre a idolatria que tem no clube e comemora a forma como é adorado pelos torcedores. Após seis anos de Flamengo, ele assimila melhor a ideia de ser considerado um ídolo.
"Estou muito feliz. Hoje em dia eu consigo me identificar melhor com isso. Ser ídolo aqui é para poucos. E estou conseguindo esse feito. Fico feliz de estar representando bem essa camisa e espero poder cada vez mais deixar meu nome na história do clube", afirma.
Trabalho mental
A parte mental dos jogadores se mostra cada vez mais importante, e com o período lesionado, é claro que Bruno Henrique também precisou cuidar da cabeça.
"Antes da lesão eu já fazia esse trabalho com psicólogo e depois foi algo que passei a fazer mais. Foi uma lesão séria, ouvi muitas besteiras nas redes sociais, na televisão, pessoas falando que não voltaria a ser como era antes. Claro que eu não voltei como era antes, mas hoje também exerço uma nova função no meu time como centroavante", comenta.
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Não só para o trabalho dentro dos gramados, mas também para viver sua própria vida. A importância das sessões com a psicóloga mudaram a mente de Bruno Henrique.
"Esse trabalho com a psicóloga me fez refletir em vários pontos da minha vida. Fico super feliz com o que fiz fora de campo, ela me deu esse gás para voltar melhor e bem. Mostrar para todo mundo que falou tantas besteiras sobre mim, sobre a minha lesão, que nós que vivemos no futebol conseguimos nos reinventar. Esse trabalho psicológico para mim foi muito importante", lembra.
Bruno Henrique se diz capitão no vestiário
O atacante revela ainda que consegue injetar ânimo nos companheiros. Apesar de aparecer pouco em entrevistas ou coletivas, o Camisa 27 sabe levantar o astral do time antes dos jogos e gosta de pedir a palavra na preleção.
"Eu sou o capitão que fala um pouco menos. O pessoal diz que, quando falo, digo palavras certeiras e que mexem muito com o time e quem está no vestiário. Esse é o meu ponto positivo como capitão. Sempre dou incentivo a todos os jogadores nos lances, em posicionamento. Isso ajuda, não só os capitães, mas os outros também. Tem lideranças que não são vistas como capitães porque nós estamos com a faixa, mas são muito importantes também", explica.
Ele foi jogador do Flamengo por dez anos, árbitro, tenista e lutou na Primeira Guerra Mundial: conheça a história de mais um ídolo rubro-negro!#FlaMundoBola #Flamengo #Mengão #SydneyPullen #história #futebol pic.twitter.com/CEHOlaWQ7J
— MundoBola Flamengo (@MundoBolaFla) February 17, 2025