Regra da CBF para ST custa R$ 380 mil ao Flamengo na estreia do Brasileiro
Uma nova regra da CBF para ST (sócios-torcedores) aumentou os custos do Flamengo em quase R$ 400 mil na estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Coritiba. Os números foram obtidos pelo MRN através de análise do borderô disponibilizado no site da CBF.
A nova regra entrou em vigor neste Campeonato Brasileiro e valerá em todas as competições da CBF. Ela obriga os clubes a computarem o valor mínimo de cada ingresso como uma meia-entrada.
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Regra afetou 16 mil ingressos de ST contra Coritiba
Isso significa que os ingressos de sócio-torcedor que têm descontos maiores que a meia-entrada têm que ser inteirados pelo clube.
No caso de Flamengo x Coritiba, foram 16.748 ingressos únicos comercializados para sócios-torcedores. Desses, 16.197 custaram ao ST abaixo da meia entrada em cada setor.
No total, o Flamengo teve que registrar um valor de R$ 343.139 além do que efetivamente cobrou nos ingressos no borderô.
A conta não inclui os ingressos vendidos em pacotes. O Flamengo também inteira o valor desses ingressos no borderô, mas já adotava essa prática antes da nova regra da CBF.
O gasto total para cumprir a regra da CBF chega a quase R$ 380 mil. Isso porque o cálculo da taxa da FERJ e o INSS conta a partir da renda bruta. Cada uma delas equivale a 5% do arrecadado, ou seja, um total de 10% da renda. Ou seja, R$ 34.314 adicionais.
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Nova regra beneficia federações
O dinheiro a mais para as federações, principais sustentáculos do poder do presidente da CBF, é inclusive um possível motivo para a mudança da regra. Em um jogo o valor pode ser pequeno, mas é preciso avaliar que, entre Brasileiro e Copa do Brasil, a Ferj, por exemplo, recebe repasses em mais de 80 jogos por ano.
Além disso, o Flamengo atualmente não dá ingressos grátis para nenhum sócio-torcedor, mas outros clubes, inclusive do Rio, adotam essa prática. Eles terão que computar esses ingressos como valor de meia-entrada no borderô.
O Flamengo calculou que o custo da nova regra da CBF ficaria entre R$ 3 e R$ 4 milhões no ano. O clube, porém, que acaba de reformular seu programa de ST, não pretende mexer nos descontos aplicados aos sócios e deve seguir arcando com o valor.