Registro comprova que terreno desapropriado para estádio do Flamengo não pertence à Caixa
O Flamengo deu um passo fundamental para a concretizar a construção do seu estádio na cidade do Rio de Janeiro. O terreno de 88 mil metros quadrados, onde existia o antigo Gasômetro, foi desapropriado pela prefeitura para que o equipamento esportivo seja erguido. Nas redes sociais, há muita confusão sobre o real proprietário da área. O Mundo Rubro Negro teve acesso ao registro geral do imóvel (RGI) e tirou essa dúvida.
O RGI do terreno do antigo Gasômetro afirma que o terreno era de propriedade do Fundo de Investimento imobiliário da Região do Porto, que tinha a Caixa Econômica Federal como administradora. A primeira escritura foi lavrada em 6 de junho de 2013. Nessa parte do documento, inclusive, a Caixa é apontada incorretamente como proprietária, mas uma correção foi feita posteriormente.
➕Flamengo já sabe como vai pagar terreno do Gasômetro
Em 31 de outubro de 2010, foi retificada a abertura da matrícula do proprietário, que havia sido registrada em 2013 incorretamente em nome da Caixa Econômica Federal. Na nova anotação, o Fundo de Investimento Imobiliário da Região do Porto é identificado como real proprietário e a Caixa é apontada como administradora.
Terreno foi vendido para 2º fundo por R$ 226 milhões
O RGI mostra ainda que houve uma primeira venda do terreno, protocolada em 17 de outubro de 2010. Na ocasião, o Fundo de Investimentos Imobiliários da Região do Porto vendeu o terreno do antigo Gasômetro ao Fundo de Investimento Imobiliário porto Maravilha por R$ 226.300,000,00. A Caixa Econômica Federal seguiu como administradora dos bens do novo dono da área.
A prefeitura do Rio de Janeiro ainda não estabeleceu preço mínimo para a realização do leilão público que vai decidir o novo proprietário do terreno do Gasômetro. O Flamengo espera pagar cerca de R$ 150 milhões pela área, o que poderia representar uma economia de cerca de R$ 100 milhões em relação ao que aceitava pagar em compra direta junto ao fundo.