Ranking: as 5 derrotas de Filipe Luís como técnico do Flamengo, da menos à mais dolorosa

Atualizado: 17/07/2025, 15:14

Técnico profissional de futebol desde outubro de 2024, o ex-lateral esquerdo Filipe Luís nem completou 60 jogos na função ainda. Mas desde que estreou no cargo pelo Flamengo, o catarinense já viveu um turbilhão que opõe a euforia do baixo número de derrotas às decepções por alguns trechos do caminho.

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Nos números, o projeto Filipe Luís é incontestável: 53 jogos, 34 vitórias, 14 empates e cinco derrotas, com 93 gols marcados e 30 sofridos. Quatro títulos conquistados: Copa do Brasil, Supercopa do Brasil, Taça Guanabara e Campeonato Carioca.

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Até maio de 2025, inclusive, o comandante do Flamengo ostentou um número maior de taças do que de derrotas. Isso só mudou no revés contra o Bayern de Munique, na Copa do Mundo de Clubes, que igualou os dois números em quatro. Frente ao Santos, na última quarta (16), veio a quinta.

A questão é que, mesmo com as estatísticas, algumas frustrações se acumularam aqui e ali. Apesar das chances recentes — e bem aproveitadas — de Wallace Yan, a insistência em não utilizar Lorran e Matheus Gonçalves, talentos forjados no Ninho do Urubu, incomodam parte da Nação.

Por outro lado, nomes como Everton Cebolinha e Michael receberam certa insistência, o que se provou infrutífero até o momento. Contra o Santos, por exemplo, o ex-Grêmio teve atuação fraca. O segundo, que não joga desde o empate com o LAFC e pode sair, nem foi relacionado.

Por fim, os poucos reforços também causam protestos na torcida, já que o elenco não tem oferecido alternativas no banco de reservas. E a isso se somam as saídas de Gerson (Zenit) e Alcaraz (Everton), este por opção de Filipe Luís.

Assim, o MundoBola Flamengo elaborou um ranking com as cinco derrotas sofridas pelo Rubro-Negro desde que o técnico assumiu o cargo, após a saída de Tite. A ordem é clara: da menos à mais dolorosa para o torcedor do Maior do Mundo.

Critérios para o ranking

Peso do adversário

  • A força do rival e o tamanho do desafio para o Flamengo

Importância da partida

  • Aqui, será julgado o peso do duelo — seja para a temporada ou para a história do Rubro-Negro

Desempenho coletivo

  • Dependendo da performance da equipe em campo, a derrota certamente se torna mais frustrante

Repercussão na torcida

  • Por fim, o tamanho do impacto em termos de resposta dos torcedores após o jogo — seja nas arquibancadas ou nas redes

5º lugar - Flamengo 0x2 Fluminense (Brasileirão)

É ruim perder o primeiro clássico como treinador? Certamente. No entanto, aquela derrota para o Fluminense, que fugia do rebaixamento, veio cercada de um cenário que precisa ser levado em conta.

O Flamengo não fez um bom jogo, é verdade, principalmente no segundo tempo. Também não foi controlado pelo Fluminense, que encontrou os dois gols em um espaço de dez minutos — e nada mais fez.

Além de ser o terceiro jogo de Filipe Luís como treinador, o time também dividia fortemente o foco com a semifinal da Copa do Brasil. O jogo de volta contra o Corinthians, em São Paulo, seria em três dias.

Até por isso, Filipe Luís poupou alguns jogadores contra o Fluminense: Gerson, De la Cruz e Pulgar ficaram de fora até da relação, enquanto Arrascaeta, Gonzalo Plata e Alex Sandro começaram no banco. Por todos esses fatores, a força coletiva acabou bastante prejudicada.

E a repercussão nem duraria tanto, já que o Flamengo se classificaria para a final da Copa do Brasil em três dias. Dali em diante, a equipe engataria uma sequência invicta que só seria quebrada contra o Central Córdoba-ARG, no Maracanã, pela segunda rodada da Libertadores deste ano.

4º lugar - Cruzeiro 2x1 Flamengo (Brasileirão)

Pelo simbolismo de perder com um gol de Gabigol, que tantas e tantas vezes celebrou tentos e títulos com o Manto, o revés para o Cruzeiro pode machucar. Mas o fato é que, analisando friamente o duelo, trata-se de um embate de força no futebol do país.

Afinal de contas, os números são claros: Flamengo e Cruzeiro ocupam as duas primeiras posições do Brasileirão, com os mesmos 27 pontos para cada. A vantagem do Rubro-Negro está no saldo de gols: 21 a 12.

A campanha do time mineiro é boa, apesar das crises no início do ano, e o equilíbrio do Brasileirão é justamente o que torna a liga brasileira uma das melhores do mundo. Dado o contexto, não é nenhuma catástrofe para o Flamengo.

Coletivamente, o Flamengo pecou e se deixou pressionar pelo Cruzeiro em alguns momentos, apesar de ter criado chances. A equipe caiu de vez no final do segundo tempo e quase conseguiu o empate mesmo assim, mas sofreu com a Lei do Ex aos 52 minutos, em pênalti.

Apesar do natural incômodo, a derrota não trouxe grandes consequências para o Flamengo em termos de campeonato, o que basicamente limitou os protestos da torcida ao fato de ter perdido com um gol do atacante.

3º lugar - Flamengo 2x4 Bayern de Munique (Copa do Mundo de Clubes)

Sobre esse jogo, a explicação pode ser mais breve. O peso do adversário e a importância da partida disparam para os mais altos do ranking, mas a dor se limita ao peso de perder uma oportunidade histórica. Em termos de competitividade, o Bayern de Munique sempre se apresentou como um desafio.

E o sofrimento talvez seja um pouco maior pelo desempenho coletivo dos primeiros minutos, cedendo dois gols ao adversário, ou ao fato de todos os quatro tentos alemães surgiram em falhas de jogadores do Flamengo.

Mesmo assim, a Nação sempre teve ciência do tamanho do desafio de enfrentar uma equipe de orçamento astronomicamente superior, que reúne alguns dos maiores talentos deste e dos próximos anos em todo o planeta.

Em termos de repercussão, ficou a dor pela eliminação em um campeonato que times consideravelmente mais frágeis chegaram mais longe devido ao chaveamento. Mesmo assim, não houve sentimento de vergonha ou vexame, como no primeiro colocado da lista.

2º lugar - Santos 1x0 Flamengo (Brasileirão)

A derrota mais recente veio para o Santos, na Vila Belmiro, em partida que justifica a segunda colocação pelo nível do adversário. Em que pese a habilidade óbvia de Neymar, que desequilibra o futebol brasileiro mesmo fora das condições físicas ideais, o Flamengo perdeu para um time muito mais fraco.

Coletivamente, a posse de bola dominante não resultou em um time realmente agudo. Tocando a bola de um lado para o outro, o Flamengo foi inócuo e caiu na proposta do time da casa, que só queria contra-atacar.

E o revés pode ser bem ruim em termos de Brasileirão, já que dá ao Cruzeiro a chance de tomar a liderança em caso de um empate com o Fluminense, nesta quinta-feira (17). Vale ressaltar que o time mineiro ficará com um jogo a mais após encarar o Tricolor.

Perder para um time mais fraco em atuação ruim coletivamente irritou a torcida, que tem protestado contra as poucas opções para mudar o jogo no banco. Michael nem foi relacionado, Everton Cebolinha teve atuação ruim, Gonzalo Plata também não jogou bem e Juninho segue sem contribuir.

1º lugar - Flamengo 1x2 Central Córdoba (Libertadores)

Na primeira posição da lista, a derrota surpreendente contra o Central Córdoba-ARG merece a liderança por ser o único vexame real do trabalho de Filipe Luís até aqui como treinador.

Alguns dados explicam o tamanho do problema: foi o primeiro jogo do Central Córdoba como visitante na história da Libertadores, já que foi também a primeira participação; e a primeira vez na história que um time argentino venceu o Flamengo no Maracanã.

O desempenho coletivo tenebroso e o tamanho da queda, para um time pequeno da Argentina, geraram revolta nos torcedores — e os primeiros focos de insatisfação com algumas decisões de Filipe Luís.

Até o fim da fase de grupos, o Flamengo não teve facilidade para se classificar. Foi justamente na competição continental que o treinador encarou os principais focos de insatisfação da torcida até aqui.