Rafaela Silva, do Flamengo, perde disputa pelo bronze nas Olimpíadas
Rafaela Silva representou bem o Flamengo nas Olimpíadas de Paris. A serviço do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a brasileira mostrou mais uma vez que é durona, mas não conseguiu buscar mais uma medalha olímpica. A atleta foi campeã no Rio de Janeiro, em 2016, mas essa foi sua primeira participação nos Jogos Olímpicos após se tornar atleta do Mengão.
Essa seria a primeira medalha rubro-negra, já que os outros atletas do Flamengo ainda buscam seu lugar ao sol nessas Olimpíadas de Paris 2024. Ao todo, foram três medalhas brasileiras até aqui, mas Rafaela Silva não conseguiu premiar o COB com a quarta.
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A luta de Rafaela Silva pela definição do terceiro lugar do Judô Feminino na categoria de 57kg aconteceu contra a japonesa Haruka Funakubo, no início da tarde desta segunda-feira (29). No início, Rafaela Silva foi para cima e mostrou toda a sua vontade. Mas a luta foi para o Golden Score e se mostrou perigosa.
Funakubo buscou sua maior conquista na carreira e deu a vida contra a atleta do Flamengo. Assim como na luta anterior, a tônica também foram as punições prejudicando Rafa. Com duas, ela não podia levar a terceira para não ser eliminada. Em luta tensa e longa, Rafaela Silva guerreou pelo bronze, mas perdeu após cinco minutos de Golden Score por encostar a cabeça no tatame, movimento proibido no Judô. Aconteceu na tentativa de dar um golpe levando a japonesa para a luta no chão.
Judoca vai às lágrimas após derrota
Rafaela Silva conversou com Flávio Canto, ex-judoca que participa da transmissão da Cazé TV. Recebendo o abraço de Flávio, a lutadora fala sobre a possibilidade de conquistar medalha na competição por equipes.
“É difícil falar agora, ainda estou com a cabeça no individual. Acabei falhando e ficando sem medalha. Mas amanhã é página virada”, garante.
Rafa também analisa a luta contra a japonesa e relembra encontros anteriores.
“Minha luta com ela, como no mundial, é sempre amarrada. Ela busca sempre no solo. Consegui fazer algumas boas defesas no chão. Sabia que ia me desgastar bastante. Acabei sendo punida em um momento que pensei que estava me achando na luta”, opina.
Mesmo com a competição gigante, em momento de tristeza, Rafaela Silva diz não conseguir se orgulhar. Ela relembra tudo que viveu nos últimos anos, ficando de fora das últimas Olimpíadas por uma lesão, se recuperando para voltar para Paris 2024.
“Falar que estou orgulhosa é difícil. Trabalhei bastante desde a última Olimpíada que fiquei fora. Só Deus sabe o que passei nos últimos oito anos. Queria tanto essa medalha”, diz Rafaela Silva, em prantos, antes de encerrar sobre a possibilidade de aguentar mais uma participação em Los Angeles 2027: “Vai ter que aguentar, né?”
Rafaela Silva fez ótima competição
Apesar de não conseguir medalha, Rafaela Silva foi brilhante nas Olimpíadas de Paris. A judoca enfrentou a coreana Mimi Huh na semifinal e foi melhor do que a asiática. Rafa partiu para cima com sangue nos olhos e com a torcida a favor.
Rafaela Silva foi tão bem que conquistou até os franceses. Os torcedores brasileiros gritavam seu nome durante as lutas, mas a transmissão da Cazé TV chegou a informar que também havia locais torcendo pela brasileira e se juntando ao coro.
Apesar da agressividade na batalha, que fez até com que a coreana Mimi fugisse do tatame, Rafaela Silva foi superada pela asiática que soube neutralizar seus ataques e fez um jogo seguro, caindo no chão a cada pegada. As duas punições também atrapalharam Rafaela Silva, que precisou abrir seu jogo e não conseguiu fugir da imobilização de Mumi. Mas a arbitragem também atrapalhou ao não punir Mimi quando fugiu do tatame.
Rafaela Silva é campeã olímpica, bicampeã mundial e também venceu os Jogos Pan-Americanos. Com uma linda carreira e uma extensa lista de conquistas, a atleta do Flamengo ainda tem a possibilidade de faturar medalha na disputa por equipes, onde se trabalha em conjunto, e não individualmente.