Raça, Amor e Groselha #22 - com Luiz Antonio Simas

05/09/2021, 18:46

O que quero perguntar ao professor Luiz Antonio Simas no Raça, Amor & Groselha

Por Diogo Almeida – Twitter: @DidaZico

O Arthur Muhlenberg convidou o Luiz Antonio Simas, historiador, professor e escritor, para o Raça, Amor e Groselha. A entrevista vai ser ao vivo, na TV MRN, nesta segunda (6/09), e ficarei feliz em tê-los conosco por lá a partir das 19 horas.

Irremediavelmente ansioso como sou, tenho certeza absoluta de que não conseguirei formular as melhores perguntas do mundo durante nosso papo, mas tô tranquilo com este fato como poucas vezes estive.

Até umas horas atrás, o que eu conhecia do professor Simas: um botafoguense descolado que parece escrever livros sobre o Rio como qualquer historiador, saca muito também de religiões afro-ameríndias e vai ao programa Redação SporTV falar de futebol às vezes.

Dia 9/09: RAG #23 – com Marcelo Freixo! Acione o lembrete aqui e não perca!

Mal sabia que o seu “Dicionário da História Social do Samba” foi premiado com um Jabuti em 2016! Anteontem fiquei ciente sobre o lançamento do mais novo lançamento: “Maracanã, Quando a Cidade Era Terreiro”. É sério, me perdoem… Para limpar um pouco minha barra, garanti logo um exemplar (R$ 72,00) autografado e com frete grátis na pré-venda da Mórula Editorial.

MARACANÃ: QUANDO A CIDADE
ERA TERREIRO

Passei a madrugada de ontem pra hoje assistindo as aulas do Simas no YouTube. Depois de distribuir joinhas como manda o figurino, o que ficou de mim soará dramático, mas é a pura verdade: ele acaba de salvar meu sentimento de orgulho nativo pelo Rio de Janeiro. Não sou mais um morador qualquer.

Veja agora! RAG #22 – com Téo Benjamin!

Ensinado. Retornei ao ventre daquela taberna hesseniana, filial Rio, só para loucos. Vislumbrei o Rio da Baixada com as veias abertas de garoto criado com meus primos pretos. Agora sem medo e guiado, revisitei o centro de umbanda da vó lá em Santa Eugênia, Nova Iguaçu.

E se estou falando mais de mim neste texto muito mais do que do Luiz Antônio Simas é porque ele fez bem o seu papel de resgatar almas perdidas nesse dilúvio de poderes que achata nossa autonomia crítica, espiritual e pândega. Sou fruto das diásporas, da cidade-porto que recebeu mais corpos machucados do que qualquer outra no mundo. Sou fruto do tambor que resgata as almas da floresta, terreiro ensimesmado. Luiz Antônio Simas ensina a sermos quem de fato somos, sem a maquiagem do tempo.

Ainda assim, após aprender tudo, não vejo a hora de saber o que o Simas tem para dizer a vocês sobre o Flamengo, o Maracanã, a religião, a cerveja, a arenização do Rio, o preconceito, os dias atuais, a pandemia, o descaso e o acaso, do preto velho, do Exu, dos livros, da favela, da família, do filho rubro-negro, do ethos botafoguense.


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