Por Tiago Cordeiro - Do Cronista Esportivo
Formado pelo Grêmio, um dos melhores clubes formadores do Brasil (ele também passou pelo Avaí na base), Walace é campeão olímpico pela Seleção Brasileira, convocado após Fred (esse mesmo que o Manchester United contratou antes da Copa) não ser liberado pelo Shakhtar. Ao se firmar na equipe, foi vital, junto com o meia Luan, para o ouro nos Jogos Rio 2016.
Naquela competição, o volante entrou no lugar de Thiago Maia, que joga como segundo homem. Walace é primeiro, assim como o colombiano Cuéllar ou o brasileiro Rafael Carioca enquanto o ex-santista sai mais para o jogo e sabe atuar a frente da linha da bola. Com quase 1,90, o ex-gremista leva vantagem na bola aérea além de ter talento com os passes, o que rapidamente convenceu Luiz Felipe Scolari, então no Imortal, a efetivá-lo no time titular.
Desde o início, demonstrava capacidade em passes longos, como os melhores na posição. Apesar disso, em seu início no Grêmio, chegou a atuar algumas vezes avançando a frente da linha da bola como um segundo homem ao lado de Edinho (que também passou pelo Fluminense). Embora seja bom de posicionamento, costuma se antecipar o que pode deixar buracos no meio, o que talvez justifique colocá-lo em uma posição mais ofensiva. Vale lembrar que em 2015 o técnico Roger cobrava sua participação no ataque.
Apesar de características técnicas e ofensivas, Walace não tem o cacoete de um segundo volante rompedor de linhas, como Elias ou Paulinho. Seu jogo é mais atrás, a frente dos zagueiros e ligando a defesa e o ataque com lançamentos. Além disso, a forma desajeitada com que deixou o Grêmio e busca sair do Hamburgo são ressalvas relevantes.
Como Walace jogaria no Flamengo ou Santos?
Os dois clubes que cogitam o volante possuem necessidades parecidas. Se o alvinegro praiano pode ter Fernando como titular no lugar do veterano Renato ou de qualquer outro jogador de um meio campo apenas regular, no Flamengo a disputa é mais forte. Walace tem condições de barrar Cuéllar, preterido por José Pekerman na seleção da Colômbia que disputa a Copa da Rússia, mas precisaria conquistar a torcida e o fato de encarar alguém que já se encaixou no time.
É também um jogador para participar mais ativamente do próximo ciclo da Copa do Mundo e de jogar em grandes clubes.
Imagem destacada nos posts e nas redes sociais: Divulgação/Hamburgo
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Tiago Cordeiro é jornalista e publica no blog Cronista Esportivo. Siga-o no Twitter: @cronistaesporte
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