Quando o craque faltou na hora H: como Fla superou perda de outros "Diegos"

13/04/2017, 21:05

O meia Diego sofreu uma lesão no joelho e desfalcará o Flamengo por ao menos quatro semanas -- o que inclui os três últimos jogos da fase de grupos da Libertadores, a semifinal e possivelmente final no Carioca, o início do Campeonato Brasileiro e da participação do Flamengo na Copa do Brasil. Não será, porém, a primeira vez na História do Flamengo em que a estrela da companhia vira desfalque na hora decisiva -- e o passado é repleto de exemplos de superação e heróis improváveis. O MRN relembra alguns dos principais:

1944: O pracinha e o aposentado

Valido (primeiro agachado à esquerda) e Perácio (segundo à direita) juntos em 1943

O Flamengo buscava em 1944 um então inédito tricampeonato estadual. Um dos heróis das conquistas de 1942 e 1943, no entanto, deixou o time no meio do campeonato por um motivo insólito: Perácio se alistou para integrar a Força Expedicionária Brasileira que foi combater na II Guerra Mundial. Sem o atacante, que viria a se tornar o 21º maior artilheiro da História do Flamengo, com 97 gols em 122 jogos, o Flamengo seguiu na campanha e chegou à última rodada com chances de título. Mas recorreu ao argentino Valido, que tinha se aposentado há mais de um ano, para jogar a partida final contra o Vasco e marcar o gol heroico do primeiro tri.

1955: Sem o artilheiro, surge Dida

Em 1955, o Flamengo ia atrás do seu segundo tricampeonato, que seria decidido num terceiro jogo contra o América após uma vitória por 1x0 e uma derrota por 5x1 nas duas primeiras partidas -- não havia saldo de gols no confronto. Na final, o técnico Fleitas Solich não podia contar com Paulinho, artilheiro do campeonato, com 23 gols. Decidiu lançar então o jovem alagoano Dida, que brilhou intensamente: marcou os 4 gols da vitória rubro-negra por 4x1, que garantiu o título. Dida viria a se tornar o maior artilheiro humano da História do Flamengo -- atrás apenas de Zico, que tinha o alagoano, campeão do mundo em 1958 na reserva de Pelé, como ídolo.

1979: Quando Tita conseguiu ser Zico

Tita e Zico nos tempos de jogador: em 1979, ponta realizou o sonho de ser camisa 10 na ausência do Galinho

Ídolo rubro-negro formado em casa, campeão mundial, Tita nunca escondeu a frustração por não conseguir jogar no time profissional do Flamengo na posição em que se sentia mais confortável - a de ponta de lança camisa 10, função que era ocupada por um certo Zico. Na reta final do Campeonato Estadual de 1979 (outro tricampeonato), Tita teve a chance de desempenhar o papel depois que Zico se contundiu numa partida contra o Goytacaz. E saiu-se muito bem na função: marcou 10 gols em 9 partidas, incluindo o do título do segundo turno, contra o Fluminense, e dois contra o Vasco na partida que valeu a taça.

1999: Título contra o campeão da Libertadores sem Romário

Lê comemora o gol do título sem acreditar: sete gols no Palmeiras sem Romário

No primeiro semestre de 1999, o Flamengo, com Romário, tinha sido eliminado da Copa do Brasil pelo Palmeiras, que acabaria campeão da Libertadores. No fim do ano, após a eliminação no Campeonato Brasileiro, Romário foi mandado embora pelo então presidente Edmundo Santos Silva. O Flamengo, com participação fundamental do camisa 11, tinha garantido vaga na semifinal da Copa Mercosul. Sem ele, passou pelo Peñarol e derrotou na final o poderoso Palmeiras, marcando nada menos do que sete gols em duas partidas. O do título, última conquista internacional do Flamengo, foi marcado por Lê, formado na Gávea.

2009: O pé de Adriano fraqueja na reta final

Zé Roberto observa Adriano e Pet em 2009: meia-atacante foi fundamental em jogo sem o artilheiro

Que o Flamengo não teria chegado ao título brasileiro de 2009 sem Adriano, é fato. Como é fato que o artilheiro deixou o time na mão na reta decisiva, quando sofreu uma até hoje misteriosa lesão no pé e não jogou a partida contra o Corinthians na penúltima rodada. Zé Roberto e Léo Moura marcaram os gols que colocaram o Flamengo na liderança pela primeira vez no campeonato. No último jogo, Adriano estava de volta, mas viu os zagueiros David Braz e Ronaldo Angelim marcarem os gols que deram ao Flamengo o primeiro título brasileiro em 17 anos.

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