Proposta atrasada? Em um mês Cuéllar passa de negociável para inegociável

O colombiano Gustavo Cuéllar não vinha tendo muitas oportunidades e por muitas vezes não foi nem a segunda opção de Zé Ricardo para o meio campo. Repentinamente, a má fase de um dos pilares do comandante deu chances para que o volante provasse sua utilidade.

Desde que chegou, teve uma sequência com Muricy e a torcida já via que ele deveria ser bem mais aproveitado. Com Zé, ele voltou para a reserva e Márcio Araújo voltou a reinar na posição, ao lado de Arão, um dos mais regulares do time em 2016. Em 2017 chegou Rômulo e seu tempo em campo diminuiu ainda mais. Para a sorte dele, o ex-Spartak Moscou não está na melhor forma física e o camisa 5 caiu bruscamente de desempenho. Depois de ser balançado no cargo e com a torcida pegando muito no pé, o treinador rubro-negro voltou a apostar no colombiano.

Cuéllar já tem 6 jogos neste Brasileirão e foi titular em 5. Com ele em campo o Fla ainda não perdeu (3 vitórias e 3 empates). Sua virtude é a "mordida" (aquela marcação serrada, o famoso "carrapato") e, claro, o passe longo, que gera bons contra-ataques para o time. Na última quarta, o volante marcou um golaço contra o Santos e caiu ainda mais nas graças da Nação. Desde então, virou nome forte entre os titulares de Zé Ricardo.

Pouco antes desse mês com boa sequência, o ex-Deportivo Cali era tratado como negociável e quase saiu por empréstimo para o Vitória. A negociação melou justamente pela boa forma apresentada diante do momento ruim do time. Desta vez o Atlético Nacional, atual campeão da Libertadores, sondou o Flamengo querendo comprar o volante e ouviu um não bem grande. No início do ano, o clube colombiano tentou um empréstimo pelo jogador e o Fla também recusou.

O Atlético chegou a mandar representantes para o Rio de Janeiro e a proposta poderia superar os 2 milhões de dólares investidos no jogador.

Cuéllar está entre os inscritos e relacionados para o jogo desta quarta (05), contra o Palestino, pela Copa Sul-Americana.