Profissionalização e neurociência: as promessas de MGM, candidato à presidência do Flamengo
O MRN entrevistou Maurício Gomes de Mattos, conhecido como MGM. Grande Benemérito do Flamengo, ele chega como candidato à presidência do clube após 22 anos de dedicação. Seu último cargo foi como vice-presidente de embaixadas e consulados na gestão Landim, que abdicou recentemente para se dedicar à candidatura.
Nós listamos algumas de suas principais promessas para que o rubro-negro possa entender o que pensa MGM, que deve concorrer ainda com Bap e Rodrigo Dunshee. A proposta principal é a profissionalização. Para isso, MGM quer contar com CEO’s, retirando cargos executivos do trato direto com o futebol.
➕ Emenda da SAF do Flamengo: Dunshee se negou a assinar; BAP não respondeu; MGM assinou
CEO no comando do futebol
Um profissional deve ter a chave completa do Departamento de Futebol, tendo carta branca para fazer modificações na estrutura e cuidar de tudo que envolva a modalidade
“Vou trabalhar com dois CEO’s. O CEO do futebol, que vai nomear todos os seus comandados, essa nominação é do CEO do futebol. O Conselho Diretor Eleito vai colocar as metas e fazer as cobranças. Eu não quero vice-presidente do Flamengo em vestiário, em ônibus de jogador, e também não quero no dia a dia. Isso vai ser comandado pelos dois CEO’s, que evidentemente vão ser escolhidos no Conselho de Diretor”, explica, antes de concluir:
“O Flamengo vai ter o CEO do futebol, esse CEO do futebol vai nomear todo o scout, preparador físico, técnico, vai avaliar tudo. É óbvio que tudo dando certo, a gente vai respeitar, mas se por acaso estiver nesse caminho, a gente vai saber como atingir em momento certo do presidente do clube agir, mas sempre com orientação profissional, sempre com cunho profissional”, finaliza.
Além disso, MGM diz que o nome, que já foi pensado, será de um estrangeiro, mas ainda não abre quem seria: “Estrangeiro. Mas por favor, Erick, daqui a pouco eu estou falando nome! É estrangeiro”.
MGM quer implementar neurociência e psicologia no Flamengo
Outra promessa que será sintetizada no Plano de Governo (PDG) de Maurício Gomes de Mattos é a neurociência. O candidato se incomoda com a falta de um psicólogo atendendo o time profissional no clube, mas quer também profissionais para a base e outras modalidades. A ideia é contar com psiquiatria, coach’s e etc.
“Nós vamos implementar a neurociência do esporte. Erick, essa palavra é mágica, porque isso vários clubes já desenvolvem, mas eu quero multifuncional. Quero botar psicólogo, psiquiatra, assistente social e coach. Quero afetar a vida de todos os atletas do clube, de informação e já profissionais, para que a gente tenha a condição de dar mais recursos a ele”, conta, antes de explicar:
“Não só no futebol, que a neurociência do esporte é voltada para desenvolvimento melhor no futebol, no esporte ou no basquete, mas também para o alicerce de base, o alicerce familiar. Com esses profissionais, nós vamos atingir também a família dos jovens atletas”, aprofunda.
Maurício Gomes de Mattos não quer comprar clube no exterior, mas aposta na ‘Casa Flamengo’
Outra ideia central dos seus planos para ser presidente do Flamengo é a criação da Casa Flamengo. MGM quer que o clube tenha um CT em Lisboa, em Portugal, em vez de comprar um clube local. A ideia pode se expandir para outros locais, mas a o princípio é ter um clube do Flamengo para abrigar rubro-negros e fazer ações.
“Diferente do Instituto, que vai ser tudo com captação de recursos, a Casa Flamengo vai ser licenciamento. Nós vamos fazer uma, e vai ser em Lisboa. Ao invés de montar clube, nós vamos montar CT lá. CT com clube. Você vai poder usufruir, indo à Lisboa, do clube Flamengo com a parte de restaurante, de commerce, de materiais para você adquirir. O Flamengo, na essência, vai estar no exterior. E lá as embaixadas vão poder assistir os jogos”, comenta.
Além disso, o ponto principal é que esse CT serviria também para captar jovens talentos.
“E vai ter captação também. Isso, na Casa Flamengo, no Instituto, a gente vai fazer essas captações com os funcionários do Instituto, que vão ser ex-jogadores, então está interligado. E se não tiver a Casa Flamengo em qualquer ponto do Brasil, e nós temos 500 embaixadas, nós vamos estar com o Instituto lá, dando apoio às embaixadas. A Casa Flamengo, licenciada, tem a opção de ir para estruturas que serão montadas pelo licenciamento no Brasil e no mundo inteiro. Com essa planificação, e eu estou sintetizando, isso vai estar no meu PDG (Plano de Governo)”, conclui.
A entrevista completa pode ser assistida na TV MRN, no YouTube, ou no vídeo abaixo.