Muito têm-se falado sobre as falhas de Marcos Braz no Flamengo desde que o clube perdeu para o Al Hilal na semifinal do Mundial de Clubes. Os torcedores e especialistas apontam falhas de planejamento, decisões e execuções. O jornalista André Rocha foi além e, em coluna no UOL, dissertou sobre os três grandes erros do vice-presidente de Futebol.
O primeiro ‘pecado’ citado pelo jornalista foi a vaidade. Ele entende que o Flamengo tem conquistado títulos apesar da gestão, e não por causa dela. Além disso, diz ser cômodo para Braz apostar em um treinador, ver o erro e trocar sem que nada o aconteça. Para André, Braz e a cúpula flamenguista buscam um novo ‘hit’, ou seja, um novo nome de sucesso para provar que eles têm qualidade na escolha e também devem ser exaltados.
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“A impressão é de que eles precisam de um outro treinador português para assumir o futebol, pegar a chave do CT e fazer o time vencer com um jogo de imposição. Tudo isso para que os méritos enfim recaiam sobre eles”, opina o jornalista.
Marcos Braz e a incoerência no futebol do Flamengo
Um erro leva ao outro e as falhas em cada contratação levam Braz e companhia até a incoerência. Isso porque as escolhas são incoerentes ao não mostrar um padrão e, mais do que isso, sendo campeão apenas com treinadores brasileiros após a passagem de Jesus, mas mesmo com os fracassos de Domenec e Paulo Sousa, o clube insiste em estrangeiros.
“Os estrangeiros chegam e tentam colocar seus métodos. Braz não dá respaldo, apenas torce para dar tudo certo, como foi com Jesus. Se os resultados não aparecem e o profissional passa a ser questionado internamente e também nas arquibancadas e redes sociais, vem a decisão pela mudança. A Comissão Técnica vai embora levando a multa rescisória e a responsabilidade pelo insucesso, o vice-presidente fica e escolhe o próximo”, escreve André.
‘Gelo no sangue’ não passa de preguiça
O terceiro erro é a preguiça. Para André, o bordão adotado por Braz, ‘gelo no sangue‘, nada mais é do que um pretexto para poder agir de forma lenta, passando a sensação de que eles estão trabalhando. No entanto, serve de muleta para procrastinar.
“O ‘gelo no sangue’ e a ‘tranquilidade’ sempre citadas em declarações na verdade não passam de um certo imobilismo. Reparem nas idas ao mercado do Flamengo. O que é tratado como “paciência” na verdade é um tempo desperdiçado que poderia ser voltado a outros alvos, com agilidade para contratar e encorpar o elenco. Algumas longas esperas foram frustrantes, como Oscar e Thiago Mendes”, conclui.