Prefeitura detalha próximos passos para Flamengo ter terreno de estádio
Após o anúncio do prefeito Eduardo Paes de que vai publicar no Diário Oficial desta segunda (24) um decreto expropriando o terreno no Gasômetro onde o Flamengo pretende construir seu estádio, o secretário municipal de Coordenação Governamental, Jorge Arraes, detalhou os próximos passos para que o Flamengo obtenha o terreno atualmente pertencente a um fundo imobiliário privado administrado pela Caixa Econômica Federal.
Arraes disse ao Globo que a prefeitura espera publicar na primeira quinzena de julho o edital para o leilão pelo terreno que será desapropriado. Oito dias após a publicação, os interessados podem das os lances. A expectativa da prefeitura é que o Flamengo seja o único interessado, já que será o único a atender as condições impostas pelo Município para a desapropriação: a construção de um estádio de 80 mil lugares que ajude a revitalizar a área.
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O secretário garantiu que a Caixa não tem como questionar judicialmente a desapropriação, e sim apenas o preço, que, segundo ele, deve ser próximo a R$ 150 milhões. Caso isso aconteça e a Justiça aumente o preço, o ganhador do leilão terá que arcar com a diferença.
“O ato vem depois de uma série de negociações sem êxito com a Caixa. A desapropriação é uma prerrogativa do poder público. Não acho que seja radical”, disse Arraes ao “Globo”.
Segundo ele, a Caixa não sairá prejudicada com a desapropriação a um valor inferior do que considerava justo pelo terreno, já que o pagamento terá que ser feito à vista e a Caixa manterá os CEPACs (certificados de potencial adicional de construção), que poderão ser usados em outros terrenos.
A expectativa da prefeitura é que o Flamengo possa iniciar as obras do estádio já no primeiro semestre de 2025. Esse prazo, entretanto, parece otimista, já que ainda não há um projeto definitivo do estádio nem um modelo de financiamento para a sua construção.