Posse contra Inter é primeiro exemplo prático de 'amor pela bola' de Sampaoli
O amor está no ar! Ao menos, a bola deve se sentir amada. Para o técnico Jorge Sampaoli, o ‘respeito pela bola’, como disse em um treino do Flamengo, é tudo. A filosofia de ‘amor pela bola’ é antiga nos trabalhos do argentino, que se destaca por querer sempre ter a bola no pé e saber o que fazer com ela. Se o adversário não tem a bola, não faz nada.
Contra o Internacional, por exemplo, o Flamengo pode ter perdido de virada por 2 a 1, mas buscou amar e respeitar a bola durante todo o jogo. As trocas de passes renderam 65% de posse de bola para o Mengão contra 35% dos gaúchos. O número no primeiro tempo já era assim e o jogo se encerrou da mesma forma que começou. A atuação foi uma exibição do sincero carinho que o argentino tem por ter a bola.
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O canal Falso Nove, no YouTube, publicou um vídeo explicando um pouco do jogo de Jorge Sampaoli no Beira-Rio. Além da posse, o domínio em território também se fez importante. Afinal, para saber o que fazer com a bola, é preciso gerar e ter espaços.
Conforme aponta o analista, “Ayrton Lucas participando da saída de três. Atrai o Pedro Henrique, gera espaço e o Gerson ataca. Puxa a marcação e Everton Ribeiro recebe. O Flamengo com muita superioridade em posse de bola e também de território”, inicia, antes de prosseguir: “O que ganha os jogos, além dos lances capitais, é a superioridade territorial do time. Isso aumenta as chances de gol e de fazer o resultado. É muito importante para o jogo, Sampaoli muito bem na sua ideia de jogo”.
O ‘plano tático perfeito’ do Flamengo
No vídeo, o canal Falso Nove explica ainda as polêmicas alterações, jogando com dois pontas e mantendo Gabigol centralizado. De acordo com ele, o Flamengo jogou ainda melhor e teria vencido se não fosse pelo horário da partida.
“A ideia era mudar de sistema e passar a ter um 4-3-3 com pontas abertos. Era realmente necessário. O Flamengo precisava explorar as costas do Inter. Quando o Fla faz isso, passa a ser ainda mais superior. Wesley fazia a diagonal para a bola entrar nas costas dele, no ponto. Jogada conhecida com Guardiola e que o Jorge Sampaoli faz também. Superioridade numérica. Se não fosse às 11h da manhã, o Flamengo teria feito o gol primeiro. Mas ficou aleatório porque os times estavam cansados”, explica.
Quem já sabe como amar a bola é Gerson. O camisa 20 marcou um golaço e vem jogando muito bem com Jorge Sampaoli. O respeito pelo item se deu no Olympique de Marseille, quando o meia absorveu tudo que o argentino poderia ensinar de positivo. Enfim, faltou sorte e melhores finalizações em meio ao ‘plano tático perfeito’ do estrangeiro.
“Flamengo teve uma baita partida do Gerson. Plano tático foi perfeito. Conseguir se impor com bola contra o Internacional no Beira-Rio lotado. Flamengo vai precisar de mais sorte na próxima e mais competência nas finalizações”, diz, por fim. Veja na íntegra: