Portuguesa acusa Botafogo de "destruir" estádio para prejudicar Flamengo
O presidente da Portuguesa da Ilha, João Rêgo, acusou o Botafogo de descumprir o contrato com o clube e "destruir" as melhorias que tinha feito no estádio Luso-Brasileiro por conta da rivalidade com o Flamengo, que assume como inquilino no início do ano que vem.
- Foi feito de noite, inclusive perturbando os vizinhos, até 4 horas da manhã fazendo barulho, e a ordem que foi dada para a empreiteira foi destruir. Destruir, é meio triste essa palavra. Eu acho que a Portuguesa não tem nada ver com a rivalidade entre os times (Botafogo e Flamengo). Estava em contrato a troca do gramado até o dia 31, que não vai ser cumprida, nem a retirada do velho, apenas queimaram todo o gramado. Não foi feito nada e teria que ser feita a troca do gramado até o término do contrato - afirmou o mandatário à Fox Sports.
Também à Fox Sports, o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, negou que as ações do clube tenham relação com o Flamengo.
- Não tenho relação nenhuma com o Flamengo nesse caso. O Flamengo vai assumir a partir de 1o de janeiro de 2017, pelo que eu li. E o Botafogo tá encerrando no dia 31 de dezembro de 2016. Não há qualquer superposição de períodos, ou qualquer entendimento entre Botafogo e Flamengo, é uma relação entre Botafogo e Portuguesa. A gente teve uma experiência muito boa com a Arena da Ilha, e não teria motivo nenhum para nenhuma postura que não seja de agradecimento à Portuguesa, por isso eu estou estranhando muito essa postura do presidente João Rêgo, mas essas coisas acontecem - disse o dirigente.
Ontem, a Portuguesa chegou a prestar queixa na delegacia após constatar que o Botafogo destruiu estruturas de sustentação dos postes de iluminação. Segundo o clube da Ilha, era uma benfeitoria prevista em contrato que o Botafogo deveria ter deixado no local.
O Conselho Deliberativo do Flamengo vota no próximo dia 3 o contrato de locação de arquibancadas com a empresa Rohr Estruturas Tubulares. As obras devem começar imediatamente após a aprovação. A expectativa da diretoria é ter a obra concluída a tempo de fazer a estreia da Libertadores no estádio contra o San Lorenzo, no dia 8 de março, caso até lá não haja um acordo para o clube jogar no Maracanã.