Português diz que Leixões recebeu investimento do Flamengo sem aprovação no Conselho do clube carioca
Após a eleição no Flamengo, um antigo assunto volta à tona e promete dar pano para manga. No primeiro semestre, o jornal ZeroZero, de Portugal, cravou e manteve a afirmação de que o Mengo teria investido no Leixões, fato que foi negado pelo clube carioca. Agora, o jornal volta a afirmar que o investimento aconteceu.
O jornalista português Pedro Filipe Maia diz que a direção do Leixões mostra preocupação com a vitória de Bap, já que o acordo pode não ir para frente. No entanto, diz que o Flamengo comprou o complexo de treinamentos da equipe.
➕ A forma de pagamento do Leixões ao Flamengo por Werton
"É com uma preocupação que os responsáveis dos Leixões veem esse resultado, que deu a vitória ao candidato que não era o candidato da continuidade da antiga direção. Direção já tinha um protocolo estabelecido com o Leixões e a promessa da compra futura da maioria da capital da SAF. Sendo que o Flamengo já investiu nesta temporada no clube. Já comprou, inclusive, um complexo esportivo onde a equipe treina. O Flamengo já estava um pouquinho por trás desta temporada do Leixões em termos financeiros", afirma o jornalista português.
Jornalista diz que Leixões aguarda decisão do Flamengo, mas clube estaria 'precavido'
Sem entrar em detalhes sobre a precaução adotada, o português revela que o Leixões espera para entender a visão de Bap para a continuidade do negócio, que teria a compra de 56% da SAD, ou seja, a SAF portuguesa por parte do Rubro-Negro. Mas a situação se mostra preocupante, já que os portugueses teriam algum tipo de precaução estabelecida.
"Havia essa espera por essa eleição na segunda-feira para perceber se era dada a continuidade e rapidamente oficializava esse protocolo, ou se teria que esperar pelas ideias desta nova direção. Nesse momento, ainda há uma indefinição. O Leixões está precavido para qualquer eventualidade, mas terá que se esperar para saber a decisão desse presidente sobre o investimento que o Flamengo ia fazer no Leixões, e que já estava fazendo", reafirma.
Por fim, o jornalista diz que a injeção "é vital para a força desportiva e financeira" e que "os adeptos estão com o coração nas mãos para saber onde isso vai parar".
A imprensa portuguesa cravou (e manteve) que o Fla já estava injetando dinheiro no Leixões (mesmo sem passar pelos poderes do CRF). O presidente do Fla desmentiu e o assunto "morreu". Agora o próprio clube português confirmou (vídeo publicado após as eleições desta segunda). https://t.co/sTVeMv4asc pic.twitter.com/lVmWpivQRl
— Nicholas Reis 🇪🇸 (@Nichrs) December 11, 2024
No meio do ano, Flamengo negou investimento
A reportagem do MundoBola Flamengo chegou a procurar Diogo Lemos, Vice de Gabinete da presidência do clube, para entender a veracidade da informação. O dirigente negou que o Fla tenha feito qualquer investimento e respondeu que a informação "não procede".
Rodolfo Landim já admitia que a negociação existia, mas desde então, a questão não foi levada para os conselhos do clube, e não existiu aprovação para que os investimentos fossem feitos.
“Existe. A gente está negociando com o Leixões, já estamos em processo avançado. É segunda divisão (de Portugal). Eles acabaram de levar o Werton, de forma independente. A gente está avançando, sim. Se formos mais adiante, vamos levar os detalhes para aprovação do Conselho (Deliberativo)”, disse Landim ao Charla Podcast.
Rodrigo Dunshee respondeu sobre o Leixões durante a campanha
Em podcast, o candidato derrotado nas urnas, Rodrigo Dunshee, que tinha o apoio de Rodolfo Landim, admitiu que seguiria com o projeto caso fosse eleito, mas explicou que os portugueses não se sentiram seguros e preferiram esperar passar o pleito rubro-negro.
"Ter um time ligado ao Flamengo, mencionando o Flamengo, é importante. Infelizmente demos uma travada nesse projeto porque o próprio Leixões ficou desestimulado porque os candidatos passaram a politizar essa questão. Era bom para o Flamengo, investir no clube, assumir a operação sem custo, ficar três anos lá para entender se isso era uma coisa boa. Tendo um custo mensal, mas não de aquisição. Alguns candidatos começaram a detonar o projeto, aí o Leixões ficou assustado e decidiu esperar passar a eleição", disse Dunshee.