Vinícius Júnior foi revelado pelo Flamengo e faz sucesso no Real Madrid, marcando até gol de título de Champions League. Mas tanto sucesso incomoda os torcedores rivais e o craque vem sofrendo uma série de ataques racistas na Espanha. O último foi antes do clássico contra o Atlético de Madrid, quando colocaram um boneco com sua camisa pendurado em uma ponte, simulando um enforcamento. Em campo, o craque respondeu bailando e marcou o terceiro gol da vitória por 3 a 1 nas quartas de final da Copa Del Rey.
A polícia tenta não deixar impune os racistas e descobrir quem foram os responsáveis por organizar mais um ataque contra Vinícius Júnior, que está sendo perseguido no país. Policiais buscam as imagens em câmeras de trânsito e também analisam vídeos de redes sociais para tentar localizar os infratores.
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Na segunda-feira (30), o Ministério da Cultura e Esporte da Espanha se manifestou sobre o assunto e atestou a necessidade de punição para que casos como esse não voltem a acontecer. “A gravidade dessas condutas transcende a esfera administrativa para a esfera criminal e, portanto, requer ação contundente para preveni-las e puni-las”.
Mas mesmo com as punições, os casos não cessam, até porque talvez a pena não esteja condizente com o crime que estão cometendo. Torcedores do Real Valladolid, por exemplo, que em dezembro jogaram uma banana em Vinícius Júnior e o chamaram de ‘macaco’, receberam apenas multa de 4 mil euros (cerca de R$ 22 mil) e a restrição de não poder ir aos jogos durante um ano.
Torcedores do Atlético de Madrid são reincidentes com Vinícius Júnior
Não foi a primeira vez que Vinícius Júnior sofreu racismo dos rivais de Madrid. Aliás, os torcedores da equipe colchonera foram os primeiros a praticar o ato contra o craque no país. Tudo começou quando o capitão Koke afirmou que se Vinícius comemorasse gol dançando no Wanda Metropolitano, estádio do Atlético, geraria confusão.
Na semana da partida, isso causou polêmica e no programa esportivo El Chiringuito, o atacante sofreu um ataque ao vivo por parte de Pedro Bravo, que declarou: “Se quer dançar, vá ao sambódromo no Brasil. Aqui você tem que respeitar os companheiros de profissão e deixar de fazer o macaquices”.
Tudo isso gerou um conforto para que os torcedores do Atlético de Madrid entoassem cânticos racistas antes do jogo, chamando Vinícius Júnior de ‘macaco’. As penas na Espanha não parecem estar a altura dos fatos e isso incentiva novos casos de agressão.