Plutãozinho em Cuiabá

20/02/2022, 13:27
Gabigol desembarque Cuiabá Flamengo Atlético-MG Supercopa

Por Lucas Alves

Grande parte de nossa torcida é muito nova pra ter visto o drible do Nunes no Silvestre ou as agressões desferidas a esmo pelos homicidas atleticanos em pleno cerrado brasileiro, mas nos poucos períodos em que o Atlético de Belo Horizonte teve relevância esportiva neste século, vimos o choro desses pobres coitados querendo nossa atenção.

Infelizmente a imprensa força a falácia da maior rivalidade interestadual do Brasil, como se amar alguém fosse sinônimo de ter seu amor correspondido. A verdade é que toda essa encheção de saco e essa obsessão psicótica com o Flamengo são tentativas de mostrar ao mundo um suposto tamanho que eles não têm, como se já não fosse feio para eles quando comparados com seu rival citadino Cruzeiro.

Do mesmo autor: O Flamengo é o maior fenômeno cultural do Brasil

No par de vezes em que saímos derrotados do confronto, eles comemoraram extasiados, na ingenuidade de estarem subvertendo a ordem natural de inconteste freguesia para com o Rubro-Negro. Nas situações em que saímos vitoriosos, comemoramos, fizemos nossa festa, pouco importando a coloração do uniforme dos derrotados.

Em nossa altiva e grandiosa epopeia, não existe conto de Davi contra Golias. Choramos as derrotas do esporte e sorrimos com as vitórias do esporte. Não precisamos vencer fulano ou ciclano para provar isso ou aquilo. Para o Flamengo, ganhar do Atlético-BH é legal pela diversão de vê-los espumando, porque quando nos deitamos à noite não é num brinquedo de velho rico que ficamos pensando.

Leia também: Sou Flamengo e tenho necessidade de consagração 

Temas como fake news, pós-verdade, bolhas de redes sociais e teorias conspiratórias são recorrentes no debate público, mas surpreende o duradouro universo paralelo e de baixo nível cognitivo no qual os atleticanos estão imersos desde as primeiras sacoladas nacionais aplicadas pelo Flamengo. Talvez essa tara com o Mengão seja ainda mais antiga, visto que os coitados tiveram a bazófia de copiar na cara dura versos do nosso hino popular. Freud explica.

Sempre soubemos quem era o Sol no sistema solar do futebol brasileiro. Agora sabemos também quem é o Plutãozinho.


Tags:
Partilha
Mundo Rubro Negro
Autor

Notícia e opinião de qualidade sobre o Flamengo desde janeiro de 2015