Ao Mundo Bola, auxiliar do Sesc Flamengo detalha planejamento para a pausa da Superliga
O Sesc Flamengo fechou o ano de 2023 em ótimo momento e optou por seguir a preparação intensa durante a pausa da Superliga de Vôlei Feminino para as festas de fim de ano. Em entrevista exclusiva ao Mundo Bola, o auxiliar técnico Bruno Rocha detalhou o planejamento da equipe para os 14 dias sem jogos e comentou suas expectativas para o retorno.
Após vitória sobre o Osasco, na última sexta-feira (22), as atletas do Flamengo receberam três dias de folga para o Natal. Os treinamentos retornam nesta terça-feira (26) e irão até a sexta (29). Em seguida, nova pausa curta para o Réveillon e retorno programado para o dia 2 de janeiro. As únicas exceções aos treinos desta semana são a levantadora canadense Brie King e a ponteira estado-unidense Roni Perry, que estão em seus países e se reapresentam junto ao elenco em 2024.
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“As estrangeiras recebem folga, porque está em contrato. Elas voltam para as casas delas para passar o recesso de Natal e Réveillon. Nós que moramos no Brasil folgamos no Natal e voltamos hoje (terça-feira, 26) para treinar à tarde, e tem treino até dia 29, sexta-feira. Depois folga para o ano-novo e volta dia 2”, disse Bruno, antes de comentar as recomendações para o período:
“Recomendação é sem exagero. A parte nutricional tem uma pessoa que recomenda como as atletas devem se alimentas. Mas a recomendação é sem exagero, nada muito restritivo.”
Antes da pausa para Natal e ano-novo, o Sesc Flamengo teve período de 14 dias entre os jogos com São Caetano e Osasco. Bruno entende que muito tempo sem jogar pode ser prejudicial, mas entende que as folgas de fim de ano são boas para a saúde mental das atletas, já que alivia a pressão intensa da temporada.
“A gente teve um período grande sem jogar, que tivemos o Campeonato Brasileiro Interclubes e o calendário do Mundial, pouco mais de uma semana sem jogo. Mas Natal e Réveillon eu acredito que seja normal, não tem muitos problemas, as pessoas precisam passam com suas famílias. É um período bom para a saúde mental, porque elas ficam sob pressão na maior parte da temporada. Então, no aspecto mental do atleta, a gente considera natural. Olhando pelo aspecto do time, não é interessante ficar tanto tempo sem jogar. Por isso o Bernardo normalmente coloca esses treinos antes, para a gente tocar na bola e trabalhar o ritmo.”
O Flamengo soma 21 pontos, com sete vitórias em oito jogos, e terminou 2023 na vice-liderança da Superliga. O time está empatado com o líder Minas, mas está em segundo pelo saldo de sets. Após dois primeiros jogos irregulares, a equipe emplacou seis vitórias seguidas no torneio.
Bruno Rocha comenta preparação para confronto com o Praia Clube
O Sesc Flamengo abre 2024 na Superliga com jogo contra o Praia Clube, terceiro colocado da Superliga. A importância e a dificuldade do confronto fazem a equipe seguir em ritmo intenso de treinamentos na última semana de 2023. De acordo com Bruno, o time precisa estar 100% mental e fisicamente para conquistar a vitória.
“A preparação é foco total. A gente sabe que é um adversário muito bom, que a gente precisa impor o ritmo o tempo inteiro. Fisicamente eles são superiores, é um time que está muito bem. A gente precisa ter total foco, estudar bastante e entender como elas jogam. Então, o trabalho é mental e físico. Assim, a preparação é extrema, como se fosse fora de Natal e Réveillon. Só essa questão de contrato das estrangeiras que precisamos respeitar, mas todas as outras estão aí para treinar”, afirmou Bruno Rocha.
A partida entre Flamengo e Praia Clube será no dia 6 de janeiro, às 18h30, no Maracanãzinho. O Mengão irá contar com apoio de sua enorme torcida, que esgotou todos os ingressos com duas semanas de antecedência.
Elenco é o diferencial do Sesc Flamengo na temporada
A comissão técnica do Flamengo optou por manter a base do time da temporada 2022/23, algo raro no voleibol nacional. Com o mesmo time titular, a equipe apresenta um ótimo entrosamento e teve uma melhora significativa no volume de jogo. Além disso, ajustes de bloqueio e jogadas de contra-ataque fluem om mais naturalidade.
Dessa forma, a comissão tem a possibilidade de fazer mudanças táticas nos jogos da Superliga. Nos últimos compromissos, Bernardinho utilizou uma “inversão” de ponteiras e o time deu uma ótima resposta. Quando Perry vai para o fundo de quadra, o treinador tira a americana e Michele para colocar Helena e Gabiru no lugar. O objetivo é aproveitar as melhores características das atletas.
“A gente está bem otimista. São duas trocas que se complementam, a Gabiru tem um volume de jogo muito alto, e a Helena tem uma força de bloqueio e ataque muito grande. Então acaba sendo realmente sendo uma inversão de ponteiras. Elas acabam se complementando, isso é bom porque a gente entende que pode contar com todo o time”, disse Bruno, antes de completar:
“A gente considera que não tem titular e reserva, as que entram estão preparadas para ajudar. Estamos bem otimistas e confiantes que todas podem entrar. E não só as ponteiras, mas também a inversão de levantadora e oposta pode vir a ajudar, a central Juju, por exemplo, entrou super bem contra o Fluminense”, finalizou o auxiliar técnico do Sesc Flamengo.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.