Paes sobre estádio do Flamengo: 'Não vão meter ali um urubuzão, um negócio preto e vermelho'
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, comentou nesta terça-feira (13), sobre os aspectos urbanísticos que envolvem a construção do futuro estádio do Flamengo, no antigo Gasômetro. Em uma reunião realizada no Hotel Arena, em Copacabana, o prefeito reforçou que o projeto do estádio precisará passar por diversas fases de aperfeiçoamento para a aprovação final.
A reunião foi convocada pelo ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello e contou com a presença de figuras da política rubro-negra, entre eles o ex-gestores de bancos, engenheiros e sócios do clube,
“A minha ideia é, para ajudar na construção do estádio do Flamengo, dar o potencial construtivo da Gávea. E isso pode significar uma entrada de alguns milhões para o Flamengo. Aí sim, vai ser uma atuação mais direta da prefeitura, usando o patrimônio do município”, disse Paes.
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Protocolo vai passar pela Câmara de Vereadores
Ainda segundo o prefeito, os passos para a construção do estádio devem ser feitos com muita cautela e prudência, para que nada saia errado. O protocolo vai passar pela Câmara de Vereadores e outros órgãos da Prefeitura.
“Eu vou ter que entender que modelagem econômica é essa que o Flamengo está pretendendo desenvolver, estou lidando com dinheiro público. Não posso chegar e aliviar uma grana para o Flamengo, como não aliviei pro Vasco”, completou.
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Paes sustentou durante a conversa que a construção do estádio no antigo Gasômetro vai trazer vida e valorizar a região. E, a partir de um projeto bem elaborado, promover qualidade, dignidade e provocar uma reflexão urbanística para o bairro.
“Eu já estou concebendo e, em breve, pretendo apresentar esse projeto. Uma coisa ligando o outro lado da linha do trem no metrô ali, a Cidade Nova, a área onde está ali a Prefeitura, com a Leopoldina, fazendo os acessos em direção ao Estádio do Flamengo a partir dos modais de transporte de alta capacidade, né? Então, começando a desenvolver o modelo de mobilidade de automóvel para evitar que se use a Francisco Bicalho”, afirmou.
“Não é um tiro de cem metros, é uma maratona”
No final da reunião, de maneira descontraída, o prefeito frisou que o Flamengo precisará adequar a estrutura do estádio às características urbanísticas da região.
“Não vão meter ali um urubuzão, um negócio preto e vermelho, um caixote horroroso. E eu vou ser muito contra”, disse Paes em tom descontraído.
“Eu acho que está bem encaminhado, mas temos ainda muita coisa pela frente. Não é um tiro de cem metros, é uma maratona. Mas, se Deus quiser, em breve o Flamengo vai poder ter a sua casa”, finalizou o gestor da cidade.