Por Gerrinson. R. de Andrade (Twitter: @GerriRodrian) - Do Blog Orra, é Mengo!
Sonho com o dia em que o Flamengo edite e bote pra vender o Calendário Nacional Rubro-Negro. Um edital, a palavra final sobre o ano de comemorações, datas emblemáticas, as datas que antecedem o Dia de Zico, todo o rito a ser cumprido ao longo do ano.
Um calendário de mesa, com folha pra cada mês, com boa fotomontagem dos heróis, dos títulos, mais os feriados, fases da lua, aniversariantes - as efemérides. E feito por mãos experientes e dedicadas seria uma obra-prima dos calendários, um objeto de arte. Com papel de boa gramatura, objeto sério, formal, com brasão, hino oficial e assinatura do Presidente Bandeira. E com versão para parede.
O Calendário Nacional Rubro-Negro seria uma fonte de lucidez para nos manter devidamente conectados ao que realmente interessa.
Nos lembraríamos todos, em todo primeiro de junho, da flamengacidade de Nunes, naquele drible em Silvestre. Saberíamos, quando chegasse 29 de outubro, pensar no gol-símbolo de Valido em 44 e na eterna supremacia sobre um adversário. E saberíamos também que todo 13 de dezembro é dia de celebrar Tóquio, mas que também é dia de lamentar a mesquinhez humana e adversários corruptos, rememorando o gol do Bebeto e o título da Copa União.
O calendário de mesa passa o ano todo com a gente, nos ensina, vai ganhando nossas anotações, vai ficando pessoal, data de consulta, dia de vencimento. Calendário vira membro da família. Alguns comprariam três, quatro, um para cada mesa e parede de sua vida, uns pra dar de presente no natal e mandar bem no amigo secreto e outros pra colecionar. Seria um meme, uma mania, todo mês de dezembro aquela correria, no site de venda, a expectativa pra comprar, as redes sociais agitadas.
Faria tanto dinheiro que daria para trazer um Ibrahimovic por ano: o Calendário Nacional Rubro-Negro seria um tesouro, uma revolução.
Orra, é Mengo!
Paulista de Osasco, nascido em 1974, casado. Formado em Letras na USP, dramaturgo, profissional da área multimídia e servidor público federal. Rubro-negro desde 1980.