A divulgação das imagens da câmera de segurança do shopping onde Marcos Braz agrediu um torcedor do Flamengo, em setembro de 2023, segue repercutindo no clube. Após o vazamento dos vídeos que desmentem o discurso do vice de futebol, um grupo de oposição pede a suspensão do dirigente.
Os conselheiros enviaram um requerimento ao presidente do Conselho de Administração do Flamengo, exigindo a abertura de uma Comissão de Inquérito, para apurar e julgar Marcos Braz. Segundo documento assinado por Walter Monteiro, Júlio James, Rodrigo Rotzsh, Rubem Ricardo e Thiago Ramos, Braz, que é grande-benemérito, infringiu o estatuto do clube.
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Dentre as infrações cometidas por Marcos Braz, estão indicadas no documento o artigo 39 (praticar vias de fato), 50 (praticar ato grave de indisciplina social ou desportiva), 51 (praticar ato delituoso) e o 69 (vice-presidentes do Flamengo devem responder por prejuízos e atos lesivos à imagem da instituição).
Após o recebimento do documento que explana uma infração disciplinar, o Presidente do Conselho deve designar, em até cinco dias, a Comissão de Inquérito que será responsável por apurar os fatos em até 60 dias.
Marcos Braz utilizou o Flamengo para sua defesa pessoal
Os seis conselheiros recordam que o vice de Futebol do Flamengo, que agrediu o entregador sem qualquer contrapartida, utilizou do Flamengo para sua defesa própria. Em um episódio de cunho pessoal, Braz usou as dependências do Ninho do Urubu, com transmissão da FlaTV, para realizar uma coletiva de imprensa. Além disso, se fez valer da presença de Rodrigo Dunshee, vice Jurídico, na delegacia.
“Marcos Braz, se valendo de sua condição de integrante do Conselho Diretor do clube, então construiu ao seu redor uma rede de apoio institucional do Clube de Regatas do Flamengo, que envolveu a presença do VP Jurídico na Delegacia de Polícia, o uso das dependências da instituição para uma entrevista coletiva e o uso da FLA TV para veicular a sua defesa”, diz trecho do documento.
