Ofensas a Bandeira vieram de computador na rua onde Dunshee trabalha
Os indícios de que o vice-presidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee, é o verdadeiro dono do perfil de Roberto Dodien, aumentaram nesta sexta-feira. Isso porque o Twitter revelou que posts ofendendo o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello vieram de um computador na Rua da Assembleia, no Centro do Rio. A sede do escritório onde Dunshee trabalha fica nesta rua.
Quatro dos cinco IPs (protocolos de internet) que o Twitter identificou vieram da Rua da Assembleia. Lá fica a sede da Tostes Associados Advogados, onde Dunshee trabalha. A defesa de Bandeira agora entrou com uma nova petição na Justiça para obrigar o Twitter a divulgar o e-mail e o telefone de cadastro da conta de Roberto Dodien.
O processo corre na Justiça criminal. O responsável pela conta pode ser condenado a até dez anos de prisão caso seja considerado culpado por crimes de calúnia, injúria e difamação contra Bandeira.
Além do ex-presidente, o perfil de Dodien ofendeu outros opositores da gestão Rodolfo Landim, jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Na terça-feira, o MRN revelou que o caso fez Dunshee perder o apoio de Landim como candidato a sucessão no Flamengo.
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Segundo o MRN apurou, Landim decidiu apoiar o presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Bap também foi ofendido pelo perfil de Roberto Dodien. Nesta sexta-feira, em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, Landim negou já ter escolhido o candidato.
Dunshee pode ficar inelegível por ofensas a Bandeira
Caso se comprove que Dunshee é o responsável pelo perfil, ele também pode sofrer punições disciplinares no Flamengo por ofender outros sócios do clube. Essas punições o deixariam inelegível. O fato de as ofensas não terem vindo de computadores dentro do clube, porém, alivia a situação do vice-presidente. Isso porque a punição por cometer um crime nas instalações do Flamengo poderia levar até a expulsão do quadro de associados.
Desde que as suspeitas sobre o perfil de Dodien vieram à tona, em maio, Dunshee nunca negou ser o dono do perfil. O perfil de Dodien foi deletado em maio, no dia em que as suspeitas surgiram. Desde então, Dunshee não frequentou reuniões do Conselho Deliberativo, onde membros da oposição pretendiam questioná-lo sobre o caso.
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