O Traço Mágico Rubro-Negro

02/12/2017, 13:17

Nos idos de 1986, em um Brasil recém-saído da ditadura militar, mas sem ter eleito o primeiro presidente civil (Tancredo foi eleito pela Câmara dos Deputados), novidades começaram a surgir no mercado brasileiro.

Com abertura do país, grandes músicos tocaram no primeiro Rock in Rio. Com uma excelente list of artists, como por exemplo: Queen, AC/DC, Whitesnake, Scorpions, Ozzy Osbourne e o excelente Iron “fucking” Maiden. Não era à toa que os brinquedos também entrariam com força nas lojas exclusivas para crianças (ou quase exclusivas): GI Joe, Barbies, bonequinhos de chumbo do Star Wars e o famoso Traço Mágico lançado no ano citado acima.

Link para o comercial:

https://www.youtube.com/watch?v=5njqhfRyITE

Idealizado pelo francês André Cassagnes, na década de 60 (!!!), o Traço Mágico (Etch A Sketch – Ohio Art Company) era um brinquedo que fazia desenhos mecanicamente através de dois botões rodáveis, brancos, no canto baixo. Um quadro vermelho era o acabamento exterior do Traço Mágico e no centro uma tela achatada. Os desenhos eram realizados através dos botões, na esquerda controlava os movimentos verticais e, na direita, horizontais. Na tela, uma linha sólida era feita com pó de alumínio para os diversos desenhos ou garranchos das crianças, mas sempre havia um adulto que desenhava pra cacete enquanto nós não poderíamos nem mais tocar aquilo.

“Beleza, Norske? E aí?” E aí, que vivemos exatamente a situação do brinquedo oitentista (para nós brasileiros é essa época aí). Diferente do seu compatível mais moderno Microsoft PaintBrush, o Traço Mágico não poderia errar que você tinha que apagar tudo e começar do zero, balançando o brinquedo e zerando de novo a tela. Escalações equivocadas desde o ano de 2016, com a entrada de Emerson Sheik no time titular na fase final do Brão do mesmo ano, passando pelas esdrúxulas escalações de Marcio Araújo, Rafael Vaz e Gabriel na Libertadores e Brasileiro. A grande queda de rendimento do Muralha, falta de planejamento do departamento de futebol sem reservas para o goleiro, do meia (Diego) e ponta esquerda (Éverton), simbolizam que o Flamengo saiu do traço há tempos e os grandes culpados são os integrantes da comissão técnica que vocês já sabem o nome.

Independente do resultado final do presente ano, 2018 tem que zerar o desenho, refazer o elenco e a comissão técnica. Às vezes “o menos é mais”. Ou vamos continuar errando com Vaz, Muralha, Gabriel, MA, Vitor Hugo, Fred Luz, Rodrigo Caetano, Fernando Gonçalves e mais uns outros três?

“When you have insomnia, you're never really asleep... and you're never really awake.”
 

Bem-vindos a Norskeland aqui só se fala de Flamengo, Metal, cultura Nerd e trash!

 

Imagem destacada no post e nas redes sociais: Reprodução.


Partilha
Mundo Rubro Negro
Autor

Notícia e opinião de qualidade sobre o Flamengo desde janeiro de 2015