Mais do que um símbolo do Gávea, a camisa do Flamengo vem se tornando cada vez mais uma marca genuína do futebol brasileiro.
Estampando Lukas Podolski durante a Copa do Mundo de 2014, e até mesmo presente nas manifestações contra o racismo nos EUA, o uniforme rubro negro já havia alcançado marcas simbólicas desde sua criação, desde a Papagaio de Vintém até as camisas de títulos e campanhas marcantes.
Destaca-se a Era Adidas que iniciou no fim dos anos 70 até 1992, em que o Flamengo conquistou cinco Campeonatos Brasileiros, a primeira Libertadores e o Mundial de 1981. Ou mesmo a Era Nike, de 2000 à 2009, que englobou dois tri Campeonatos Cariocas e uma Copa do Brasil.
De 1912 até 1969 não havia uma empresa oficial que fornecia o material esportivo. A partir de 1970, a camisa do Flamengo passa a ser estampada pela Athleta, que produzia o material de forma artesanal e chegou, inclusive, a fornecer o material da Seleção Brasileira durante 1954 à 1974.
Adidas, Umbro e Nike foram as fornecedoras durante o icônico período da Petrobras (1984-2008) como patrocinador Master do Flamengo, que foi portanto a empresa mais longeva nesse espaço. Olympikus Tube, Ale, Batavo e P&G figuraram o principal lugar no manto durante a Era Olympikus (2009-2012). Com o retorno da Adidas no ano seguinte, Caixa e BS2 foram os principais patrocinadores.
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Todavia, com a boa safra de conquistas o Manto passou a figurar em rankings de camisas de beleza e vendagem. Em 2015, o Flamengo já era o maior em vendas de camisas no Brasil, em um levantamento feito pela Netshoes. Em 2017, o jornal inglês Telegraph elegeu a camisa do Flamengo como a 2º mais bonita do mundo. No mesmo ano, o Manto foi a 3º camisa mais vendida na América, segundo a Euromericas Sport Marketing. Foram cerca de 2,037 milhões de camisas vendidas.
Recentemente, a France Football elencou 50 camisas emblemáticas do futebol mundial. A camisa do Flamengo com Zico ocupou a 43ª colocação. A revista destacou como o uniforme campeão nacional, continental e que derrotou o Liverpool sem dificuldades.
Com a reprise de títulos durante a pandemia, a Netshoes registrou um aumento de 67% de vendas entre as camisas do Flamengo e Corinthians, sendo a modelo de 2019 do Gabigol a mais procurada.
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Porém, houveram também camisas polêmicas. Por exemplo, o terceiro uniforme da Umbro em 1995, predominantemente azul, e o terceiro uniforme de 2010 com a Olympikus que também trazia as cores azul e amarelo, em referência as cores originais do time de remo
A camisa de 2020, por sua vez, se mostrou um sucesso de vendas. Lançado em fevereiro, logo no primeiro dia alcançou a marca de 15 mil unidades vendidas, mostrando um aumento de 20% em relação ao modelo de 2019.
Em suma, para o futuro, além do provável terceiro uniforme destacando a cor preta, pelo que foi vazado há algumas semanas em uma apresentação, existe a possibilidade da temporada de 2021 ter uniformes em alusão as conquistas de 1981, dado o 40º aniversário daquele ano histórico.