Dois anos depois, veja a repercussão internacional que trouxe à tona a discussão sobre o estado de precariedade das categorias de base no futebol brasileiro
Mundo Bola Informação | Denise Neves — Na última segunda-feira, 8, o trágico incêndio no Ninho do Urubu completou dois anos. Na época, o caso ganhou repercussão internacional entre os maiores veículos de comunicação do mundo, e serviu de alerta para os inúmeros problemas enfrentados devido às condições precárias em torno das categorias de base de futebol, sobretudo no Brasil.
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Jornais como Olá, Marca, The New York Times, The Guardian e Washington Post repercutiram a tragédia por diferentes ângulos, desde cobertura jornalística à nota de apoio ao Flamengo. A maneira como os grandes veículos de comunicação do mundo abordou o assunto traz uma reflexão interessante sobre o olhar de fora a respeito do futebol brasileiro.
O Mundo Bola se compromete em primeiro lugar com o acesso à informação de qualidade entre a Nação Rubro-Negra, por isso, relacionamos algumas notícias veiculadas à imprensa mundial na época do incêndio no Ninho e que valem muito a pena a leitura.
Confira a repercussão da mídia internacional sobre o incêndio no Ninho do Urubu no dia 8 de fevereiro de 2019:
Olé
O argentino “Olé”, um dos maiores jornais esportivos do mundo, prestou solidariedade ao Flamengo em uma matéria que correlacionou declarações de diversas personalidades e clubes de futebol sobre a tragédia no Ninho do Urubu.
Marca
O espanhol “Marca” falou sobre a tragédia citando as vítimas do acidente e apresentando um infográfico sobre do CT do Ninho do Urubu. Na matéria, o jornal esportivo também dispõe de um tweet de Vinicius Jr lamentando o episódio, atleta que ganhou notoriedade vindo também da categoria de base rubro-negra e joga atualmente pelo futebol europeu.
Mundo Deportivo
O espanhol “Mundo Deportivo” fez uma cobertura quase que em tempo real sobre o incêndio no Ninho do Urubu. Através de um único link, o site atualizava a todo instante com informações sobre a tragédia.
Ainda no dia 8 de fevereiro de 2019, o jornal elaborou uma reportagem sobre a vítima fatal Bernardo Pisetta, relatando que o jovem era fã Danilo Padilha, ex-jogador da Chapecoense, falecido no acidente de avião ocorrido em 2016.
Dias depois do acidente, em 16 de fevereiro de 2019, o jornal esportivo também abordou o assunto. Desta vez, sobre as condições das instalações que abrigavam os meninos do Ninho, no CT do Flamengo.
The New York Times
O americano “The New York Times” também repercutiu a maior tragédia da história do Rubro-Negro. Na reportagem, o jornal inclui um vídeo com o pronunciamento do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e faz a sua abordagem sobre o acidente reunindo depoimentos e análises a respeito do futebol brasileiro.
The Guardian
O britânico “The Guardian” publicou uma matéria sobre o incêndio no Ninho do Urubu, relatando o ocorrido e apresentando declarações de pessoas envolvidas na tragédia como sobreviventes e parentes. Além disso, o jornal faz uma breve abordagem de pronunciamentos de personalidades rubro-negras mundialmente conhecidas lá fora, como Zico e Vinicius Jr.
The Washington Post
O americano “The Washington Post” falou sobre a tragédia e também repercutiu a declaração de Vinicius Jr. na época. Além disso, a matéria faz uma breve crítica às condições enfrentadas pelas categorias de bases em centros de treinamento de clubes brasileiros.
Ao falar sobre o tema, o jornal cita um episódio envolvendo o Vasco da Gama em 2012, quando um jovem de 14 anos morreu durante uma seletiva para o clube em um centro de treinamento não oficial.
Reuters
A agência de notícias britânica “Reuters” abordou sobre o incêndio no Ninho relatando o ocorrido e dando destaque em tom crítico sobre a realidade do tratamento de clubes brasileiros a atletas das categorias de base, fazendo citação não só ao Flamengo como também ao Vasco e ao Botafogo.
A realidade da juventude no futebol
A maior tragédia da história do Flamengo também serviu de alerta sobre a realidade em volta do futebol das categorias de base, onde milhões de jovens vivem em situações de precariedade na busca do sonho de se tornar um jogador profissional.
Em 6 de abril de 2019, o The New York Times fez uma reportagem excelente abordando o assunto. Na matéria, são relacionados acontecimentos do triste episódio contando histórias de algumas vítimas e de seus familiares, correlacionando com a dura realidade de milhares de famílias pobres que investem as suas vidas no sonho de transformar um jovem atleta em um astro da bola.