O Flamengo tem bons jogadores, mas o Vasco tem um time

25/04/2016, 19:19

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A semifinal do Carioca protagonizada por Flamengo e Vasco trazia uma série de contrastes extracampo e dentro de campo. No contexto que nos interessa, a comparação óbvia residia no Flamengo de bons jogadores que vem se destacando individualmente, contra um Vasco de folha salarial mais modesta, jogadores medianos, porém de forte coletivo e longo tempo de invencibilidade: 21 jogos.

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Qual o esquema tático do Flamengo?

Quando divulgada a escalação, começou a gritaria da torcida nas redes sociais sobre o abandono do 4-4-2 para “voltar” ao 4-3-3. O problema desse grito do povo rubro-negro é que não é justo. O Flamengo nunca jogou no 4-4-2 com Muricy, pois nunca houve um atacante ao lado de Guerrero atuando pela faixa central, já que Cirino sempre atua aberto na direita e às vezes aparece na área por conta de eventuais triangulações, aproveitando o espaço aberto pelo centroavante ao deslocar a marcação.

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Cirino em Flamengo x Boavista

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Cirino em Flamengo x Bangu

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Cirino em Flamengo x Confiança

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Assim, a escalação de Gabriel aberto na esquerda é para ter um jogador rápido que ajuda na marcação, acompanhando o lateral, enquanto desloca-se Mancuello para o meio, onde rende mais. Podemos até discutir se Gabriel seria o melhor nome, eu mesma acredito que Ederson seria melhor, mas nunca dizer que o esquema foi alterado, por que não foi.

Apesar das características distintas dos jogadores numa mesma posição e aí sim cabem críticas, o esquema tem sido um 4-2-3-1 ou um torto 4-4-1, no qual os meias abertos ou pontas teriam que fazer a diagonal, conectando o jogo pelos lados com o jogo central, além de aparecer na área para finalizar.

Assim, a escalação contra o Vasco foi: Paulo Victor – Rodinei, César Martins, Wallace, Jorge – William Arão, Cuéllar – Cirino, Guerrero, Gabriel.

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Como Jorginho se preparou para o jogo?

O Vasco se posicionou fechado, deixando a bola com o Flamengo e marcando a saída de bola do adversário, dificultando ainda mais a transição já deficitária. Além disto, posicionou Riascos e Jorge Henrique –alternadamente é claro – para explorar o imenso buraco deixado por Rodinei e Arão na direita. Não à toa as jogadas de maior perigo do Vasco nasceram pela direita, em jogadas de velocidade, com César Martins ficando no mano-a-mano com o adversário.

“Minha vaidade é ver o Flamengo vencer”

 

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A frase, que já entrou para a história rubro-negra, foi proferida por um dos mais humildes e carismáticos ídolos do Flamengo: Ronaldo Angelim. E, apesar da simplicidade, abrange uma série de preciosos valores que deveriam nortear qualquer jogador que vestisse o manto rubro-negro.

Obviamente que jogadas individuais chamam a atenção, aparecer toda hora perto da área chama a atenção e de tanto estar presente perto do gol, uma hora se marca ou dá assistência para um gol. Que jogador não quer aparecer para a torcida e virar ídolo? Chamar a atenção do treinador ou talvez garantir uma renovação de contrato com a diretoria pela sua “eficiência”?

O problema é que quem joga para si, não joga para o time. Jogar coletivamente por vezes significa “não aparecer”, executar bem a sua função para o companheiro brilhar. E, como um sistema onde cada engrenagem precisa funcionar perfeitamente, um time não pode admitir jogadores que não cumpram com suas funções.

Arão e Rodinei se encaixam no problema acima exposto. Ambos são queridinhos da torcida, vivem aparecendo no ataque e raramente estão no frame dos gols sofridos. Os treinadores adversários já sabem do espaço que deixam e não se eximem em explorá-lo, mas quem fica na “roubada” são os zagueiros do setor.

Como 2° volante, Arão tem que alinhar com Cuéllar na saída de bola e não estar posicionado perto de Guerrero – sim, por várias vezes ele esteva até à frente de Mancuello e Cirino-. Essa ausência na saída de bola fazia com que o colombiano trocasse passes com a zaga e não conseguisse penetração central, forçando a saída de bola pelos lados, onde é mais facilmente marcada.

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Jogada do primeiro gol

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Jogada do primeiro gol

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Além disto, não dá para um setor inteiro subir ao mesmo tempo. Arão, Rodinei e Cirino eventualmente poderiam estar no ataque ao mesmo tempo, mas não constantemente. Quando Rodinei subir para a triangulação, Arão precisa ficar para trás e, do mesmo modo quando o volante subir, o lateral tem que segurar, sendo o terceiro vértice do triângulo o meia armador.

Vejam que a diferença entre o que funciona e o que não funciona é a frequência. O que faz o volante que chega de trás como elemento surpresa funcionar, justamente é o fato de haver uma surpresa, uma raridade, e não uma constante presença.

Do mesmo jeito que as falhas de Arão são um problema tático grave, os de Rodinei também o são. Do outro lado, Jorge segura na intermediária para não expor o lado esquerdo, já que Cuéllar tem que cobrir uma parte do buraco na direita, assim evita que Juan fique no mano-a-mano o tempo todo. Basta ver como Wallace foi melhor no clássico que o César Martins, sendo por vezes até elogiado pela partida correta, apesar do gol contra no 2° tempo ter prejudicado a avaliação final.

Um time que não sai da marcação

Se no contra-ataque basta lançar um dos pontas velozes e esperar que ele resolva sozinho ou com um companheiro, quando há uma construção de ataque o time como um todo precisa se mover. A bola precisa passar com velocidade pelo campo para que o time evolua junto, mantendo a compactação e não ver a primeira linha no campo de defesa e o resto próximo à área adversária.

Cuéllar por várias vezes estava no círculo central, de posse da bola, vendo dois jogadores do Vasco em sua diagonal, mantendo a marcação a saída de bola e não aos jogadores especificamente. E nem Arão ou Mancuello voltavam com a frequência que deveriam, principalmente o volante fora de posição.

Interessante notar que Jorginho tinha jogadores próximos aos laterais e mais dois jogadores em diagonal a Cuéllar, assim, se o passe não fosse cortado, haveria dois marcadores em cima de Rodinei ou Jorge. Essa situação forçava a ligação direta da defesa para o ataque, o que acabava resultando em perdas de bola ou então a subidas dos zagueiros até a intermediária no típico “David Luiz mode”.

As mexidas de Muricy

Trocar Gabriel por Alan Patrick no intervalo não teve lógica. Ao contrário de Cirino, Gabriel jogava bem e tentava cumprir sua função, era inclusive o jogador que mais se movimentava tentando dar opções de passe. Colocar Alan Patrick que não marca e não é tão incisivo, tão pouco fazia sentido.

Aliás, ainda no primeiro tempo, logo após o vergonhoso gol de Andrezinho, Muricy inverteu o lado de Cirino e Gabriel para ver se melhorava a marcação na direita e aumentava o volume de jogo. Deu certo, já que nos quinze minutos finais o Flamengo ameaçou mais e criou algumas chances, principalmente em cruzamentos para área.

O ideal no intervalo era corrigir o posicionamento dos jogadores, dizendo para Arão segurar mais e para Mancuello não ficar tão adiantado, se movimentando mais para armar. Se fosse para tirar alguém, que tirasse Cirino para colocar Ederson, invertendo o lado com Gabriel.

A mexida de Muricy não alterou o jogo. As jogadas de ataque logo no início do 2° tempo foram no abafa e pelas laterais com cruzamentos de Rodinei e Mancuello. Alan Patrick até melhorou levemente a saída de bola, mas nada criava, inclusive posicionava-se geralmente muito recuado. Após tomar o 2° gol e ver Alan Patrick ser expulso, o Flamengo se perdeu de vez. A entrada de Ederson no lugar de Arão ou a de Vizeu no lugar de Cirino não surtiram efeito, visto que o time já estava preso no jogo do Vasco e muito abatido.

Lições do vexame

Após mais um “nó tático” este ano, o que não foi feito apenas de Jorginho, Muricy precisa tomar uma decisão muito séria: insistir em jogar ofensivamente ou voltar ao Muricybol. E, caso insista em ser ofensivo, precisa se debruçar sobre lições de tática, seja em livros ou vídeos de jogos de outros times, para aprender a fazer o que nunca fez em todos os anos de carreira.

Não sei se ele vai amarrar uma corda ligando Arão e Cuéllar ou ainda colocar uma daquelas plaquinhas de automobilismo indicando sinal verde ou vermelho pra Rodinei aprender quando subir, mas precisa ensinar os dois a jogar coletivamente.

Outra opção, mais radical, é sacar Arão do time e recuar Mancuello para sua posição de origem, deixando Alan Patrick como armador. Ainda pode adiantar Cuéllar para 2° volante e usar Canteros como 1° volante (tem treinado nessa posição mesmo).

Na posição mais aberta a esquerda, Muricy precisa definir se quer um atacante – o que acho péssimo – ou se abraça o 4-4-1 de uma vez, usando o esquema que os juniores usaram na Copinha. Ederson joga bem aberto, tem velocidade e já atuou assim no seu período de maior destaque na Europa.

Serão três semanas só treinando, o mínimo que se espera é que Muricy acerte o time taticamente, transforme o bando de jogadores talentosos e voluntariosos em um time. No Campeonato Brasileiro não haverá Bangus para golear e segurar o treinador no cargo (não sou a favor da demissão a menos que venha o Sampaoli, ainda sem clube) e essa diretoria adora demitir treinador após as rodadas iniciais do Brasileiro.

Saudações Rubro-Negras

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