Em 2013, uma nova gestão assumiu um Flamengo com quase um bilhão em dívidas. Depois de tentar manter Dorival Junior e errar com Jorginho, a diretoria apostou em Mano Menezes, então ex-treinador da Seleção Brasileira e um dos melhores do Brasil.
Após bons discursos e bons jogos, Mano surpreendeu a todos ao pedir demissão subitamente após uma derrota por virada contra o Athletico no Maracanã. Detalhe: horas antes do jogo, um comentarista com acesso ao Corinthians garantia que o clube contatara Mano visando substituir Tite, que vinha sendo fritado no clube.
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O Corinthians jamais confirmou a informação de que sondara Mano ainda como técnico do Flamengo. Oficialmente, era uma coincidência.
Na prática, o Flamengo fora esnobado pelo treinador gaúcho que preferiu um clube com elenco mais forte e mais estrutura do que ajudar a reerguer o Mais Querido.
Mano Menezes faria um trabalho bom mas contestado no Corinthians, classificando-o para a libertadores. Muitos rumores de desgaste e de tentar “mandar demais” no clube paulista. Sua carreira entraria em um longo declínio técnico. Mano foi se transformando em outro tipo de profissional.
O Flamengo seguiria com uma média bizarra de três técnicos por ano. Mas apenas Mano pedira demissão, deixando o time sem treinador e próximo à zona de rebaixamento. Quase dez anos depois, o Flamengo pode ser beneficiado pelo mesmo tipo de acaso. O futebol vive de coincidências.