Notas: De La Cruz é o destaque contra Fluminense em um Flamengo sem atuações ruins
O Flamengo venceu mais uma do Fluminense na noite deste sábado (9), no Mário Filho com muita chuva. O placar final não foi condizente com a realidade da partida, o primeiro jogo do mata-mata do Cariocão 2024 foi um vareio do Mengão.
Com os 2 a 0 estabelecidos nestes primeiros 90 minutos, os comandados de Tite têm a semana inteira para se concentrarem para o jogo da volta no Maracanã, com mando de campo rubro-negro, no sábado (16), às 21h.
Os gols do Flamengo foram marcados por Cebolinha e Pedro, que perdeu boas chances, mas atuou muito bem e vibrou com o resultado. De La Cruz jogou demais, a defesa bateu recordes e Rossi teve que se jogar sozinho no chão para sujar o uniforme e entrar na divisão do bicho, como diriam os cronistas antigos.
A arbitragem cometeu equívoscos, deixou a violência de Felipe Melo e companhia tricolor correr solta, deixou de marcar um pênalti e só expulsol Thiago Santos após entrada criminosa em Everton após chamada do VAR!
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VARELA: Esteve muito bem no ataque e não deu sopa na defesa. Só vacilou em um lance, mais nada que comprometesse sua atuação. Nota: 7,0.
ARRASCAETA: Muito bem no primeiro tempo. No segundo estava meio sumido, mas colocou a bola na cabeça de Pedro “com a mão”. Famoso “faz e me abraça”! Só para constar, roubou a bola em duas ocasiões com carrinhos espetaculares. Nota: 9,0.
LUIZ ARAÚJO: Cumpriu suas funções táticas e certamente obteve aprovação do professor. Mas foi o que mais destoou tecnicamente em campo do time do Flamengo. Nota: 5,0.
↪️ Bruno Henrique: Entrou na direita e por lá explorou o espaço que Marcelo oferecia. Conseguiu protagonizar ótimo chance, mas chutou fraquinho. Com a saída de Everton Cebolinha trocou finalmente de lado, mas a partida se encaminhava para o fim. Nota: 5,0.
AYRTON LUCAS: Tem tido menos problemas nas coberturas com o auxílio ligeiro de Everton Cebolinha e a compactação do time. Não mostrou o bom ímpeto ofensivo caraterístico, provavelmente pelo aspecto físico. Nota: 5,5.
↪️ Viña: O time muda conceitualmente com a sua entrada. Mas construtor, busca tabelinhas e jogadas menos verticais, mas mais seguras. Será o titular. A lesão de Ayrton só adiantou esta decisão em caráter definitivo. Nota: 7,0.
EVERTON CEBOLINHA: Fez uma boa partida. Abriu o placar depois de vermos o time perder um caminhão de gols. Ganhou uma consciência tática importante com o Tite e agora é peça importante na pressão que o time faz na saída de bola adversária. Também foi o responsável por provocar a expulsão do zagueiro tricolor. Nota: 8,0.
↪️ Victor Hugo: Ficou pouco tempo em campo. Sem nota.
PULGAR: Se tem uma coisa que eu não suporto no futebol é cruzar da intermediária. O valoroso Pulgar me pega a bola na intermediária, mais pro meio do que para a lateral e faz um cruzamento que o Cebolinha só teve o trabalho de deixar a bola bater na cabeça dele. Agora, eu continuo sendo contra cruzamento da intermediária, a não ser que o executor seja Erick Pulgar, o homem que paga aluguel com malas de notas de 200. Nota: 7,0.
↪️ Igor Jesus: Entrou no final para que o time avançasse e ele, com os dois zagueiros, garantisse a zaga. É um bom sinal um jovem primeiro volante que a bola não queima no pé num Fla-Flu de semifinal. Não precisou fazer muita coisa já que o jogo virou ataque contra defesa pos-expulsao, mas no pouco que fez mostrou que está no nível do time. Que siga crescendo. Nota: 6,5.
🏆🟨 DE LA CRUZ: O cara do jogo. Como os mais novos dizem, é o box-to-box, o todo-campista. Um baita jogador, com uma visão de jogo diferenciada, com a tradicional raça uruguaia. Só vou reclamar da incrível chance que teve na cara do gol e desperdiçou. Um monstro de jogador. Nota: 9,5.
TITE: Um termo antigo, mas que pode ser aplicado hoje: deu um nó tático no badalado treinador rival. O Flamengo amassou o oponente, manteve a intensidade durante todo o jogo, sufocou a saída de bola. A grande questão hoje foi a falta de aproveitamento melhor das chances que foram criadas, pois hoje sinalizou que era possível uma goleada retumbante. O professor foi contagiado pela Nação no Maracanã, muito atuante na beira do campo, manteve o time ligado. Nota: 9,0.
⚽ PEDRO: Ia dar uma nota 7,0 para o Camisa 9 do Mengo, porque perdeu muitas chances de marcar. Mas, como anda sendo tradição, o pai dos gêmeos subiu de patamar ao marcar mais um e se tornar o artilheiro do Cariocão 2024. Nota: 9,0.
LÉO PEREIRA: Na defesa, Karolino manteve o nível dos jogos anteriores e fez o dele sem problemas. Não deu para curtir muito à frente, com cabeçadas e cobranças de falta, mas na zaga o viking é o cara. Nota 8,0.
ROSSI: Com o perde pressiona funcionando muito bem o fluminense pouco incomodou tornando o Rossi um espectador. Quando precisou sair saiu e não precisou fazer uma defesa sequer. Nota: 6,0.
FABRÍCIO BRUNO: Seguro demais, não deu chance pro ataque adversário, deu um bote providencial no Keno e chegou por algumas vezes bem no ataque, inclusive dando uma bela ajeitada de cabeça pra bicicleta do Pedro. Nota: 8,0.
ROSSI: Foi um mero repositor de bolas pro jogo, queimou roupa no único chute forte na direção do gol. Nota: 6,0.
PULGAR: Foi eficiente tanto na defesa quanto na distribuição de bola. Acertou passes importantes e levou muito bem o time ao ataque. Nota: 8,0.
DAVID LUIZ: Foi seguro e não cometeu erros tanto na esquerda quanto na direita, faixa que ocupou após Fabricio Bruno sair com uma concussão na cabeça. Nota: 7,0.
O que deu CERTO?
Muitas coisas deram certo no Mengão: a marcação pressão, a compactação, a saída de bola, as trocas de passes, a movimentação. O time jogou em grande estilo: bonito e concentrado.
O que deu ERRADO?
A falta de uma goleada histórica pelas chances perdidas. O sistema defensivo praticamente não cedeu oportunidades.