Nos dois anos do Octa, um relato do sofrimento de um rubro-negro em Porto Alegre
O Flamengo se sagrou octa brasileiro em 25 de fevereiro de 2021. Fdoi nessa data que o time perdeu para o São Paulo por 2 a 1, no Morumbi, mas ainda assim levantou a taça. Isso porque, o Internacional não conseguiu vencer o Corinthians no Beira Rio, em Porto Alegre.
O jogo do colorado gaúcho teve requintes de crueldade, pois Edenilson marcou para o Inter aos 51 minutos do segundo tempo, mas o bandeira marcou iumpedimento e o VAR confirmou. No Morumbi e ao redor do mundo, torcedores do Flamengo roiam as unhas com medo de perder o título no último segundo.
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Este redator morava em Porto Algere em 2021 e assistiu ao jogo sozinho. O texto abaixo foi escrito alguns dias após a desesperadora noite de quarta-feira, 25 de fevereiro de 2021. No aniversário de dois anos do octacampeonato, vamos lembrar aquelas horas de agonia, mas que acabaram em festa.
A taça que o silêncio trouxe
O Globoplay travava. Mesmo com 120mb de internet, a imagem congelava. No Morumbi, a maldição de Ceni se fazia presente. Hugo entregava um gol por tempo e o Flamengo perdia. Do lado de fora da janela do apartamento em Porto Alegre, silêncio. Graças a Zico.
A esposa colorada mantinha um silêncio respeitoso no quarto enquanto os minutos passavam no Morumbi e no Beira-Rio. Na tela do celular, o placar de Inter e Corinthians seguia virgem. Graças a Zico (e Cássio).
Vou confessar. Mudei de canal. Depois dos 45 do segundo tempo no Morumbi, passei a assistir Inter x Corinthians. O Globoplay seguia travando. Meu Deus! Porém, da janela da sala o silêncio seguia trazendo boas notícias. Quando de repente, aos 51 (por que?!!!) fogos e gritos.
Meu Deus! O placar na tela do celular mostra Inter 1×0 Corinthians. Trevas. Tirei a camisa. Seria o fim? A janela, de novo, trouxe boas notícias. Os gritos, mas também os fogos pararam de repente. Uma festa bem mais curta do que o gol do título após 41 anos mereceria. Na TV, o Globoplay atrasado em quase um minuto mostrou o gol, mas também a bandeira erguida.
A tragédia mostra os dentes para o Flamengo
Depois de tantos Emelecs, San Lorenzos e outros mais, estaria o destino finalmente a nosso favor? O VAR disse que sim. A tela do celular voltou a mostrar o 0x0 em Porto Alegre, mas também o silêncio da janela era música para os ouvidos de um rubro-negro exilado e desesperado.
Jogo encerrado! O Octa veio. Aos trancos e barrancos, com Covid, contusões, convocações, com técnico suicida, mas também com um goleiro menino, o octa veio! Corri para a janela e gritei: “Flamengo!!!! Octacampeão!!!!” Do silêncio, veio a resposta: “Vai tomar no cu, meu!” Preferi não responder, pois o silêncio merecia respeito.
Ser Flamengo é isso. Sempre foi. Perrengue eterno. Quem acha que 2019 será a regra, fica o aviso. O Flamengo não é para amadores.