Nome forte da oposição decide não ser candidato no Flamengo
Considerado um dos nomes mais fortes para unificar a oposição em torno de uma candidatura à Presidência do Flamengo, Flávio Willeman, ex-vice-presidente jurídico da gestão Eduardo Bandeira de Mello, bateu o martelo e decidiu que não será candidato à sucessão de Rodolfo Landim.
Entretanto, Willeman mantém a porta aberta para disputar outra eleição, a de presidente do Conselho Deliberativo, contra o próprio Landim.
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A notícia da decisão de Willeman foi publicada em primeira mão pelo jornalista Mauro Cezar Pereira e confirmada pelo MRN com fontes da oposição do Flamengo.
A menos de dois meses da data final para a inscrição de candidaturas (30 de setembro), a oposição ainda não conseguiu chegar a um nome de consenso. O MRN apurou que grupos que estiveram com os candidatos Walter Monteiro e Ricardo Hinrichsen nas últimas eleições querem definir o que farão na eleição até a semana que vem.
O ex-vice-presidente de Embaixadas e Consulados do Flamengo, Maurício Gomes de Mattos, está tentando conseguir o apoio destes e de outros grupos de oposição, mas enfrenta resistências por ter integrado a gestão Landim até o início deste ano e não fazer críticas contundentes ao antigo aliado.
O próprio Bandeira diz que não pretende ser candidato, mas não descarta assumir o papel caso a oposição não encontre outro nome, cenário que fica mais provável à medida que o tempo passe.
Um terceiro nome que vem sendo trabalhado é o de Carlos Ferrão, que também lançou uma pré-candidatura, mas o fato de ele ser pouco conhecido na política rubro-negra trabalha contra essa escolha.
Parte dos integrantes dos grupos de oposição acredita que o mais importante na eleição é impedir a vitória de Rodrigo Dunshee de Abranches, que eles veem como retrocesso na política do Flamengo, além de aumentar o risco de transformação do Flamengo em SAF. Para isso, cogitam apoiar Bap ou ao menos não lançar candidatura própria para não dividir votos e facilitar a vitória de Dunshee.
A assinatura de Bap na emenda que teve origem nos grupos de oposição e dificulta a criação de uma SAF no Flamengo abriu uma janela de entendimento com o presidente do Conselho de Administração. Mas não é consenso entre os oposicionistas que ele de fato seja uma opção palatável a Dunshee.
A tendência maior ainda é de que a oposição tenha candidato próprio. Neste sentido, a decisão de Willeman abre caminho para que seja tomada a decisão, já que os outros pré-candidatos cogitavam abrir mão de suas candidaturas caso o ex-vice-presidente jurídico se apresentasse.
