Nome do Maracanã pode mudar? Cláudio Castro problematiza

Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro afirma que não abriu conversas com a dupla Fla-Flu para vender os naming rights do Maracanã e levantou dúvidas sobre o plano. O governador falou sobre o tema durante evento com os três times do Rio que vão para a Copa do Mundo de Clubes, realizado nesta quinta (5), e questionou a aceitação da população caso ele dê o aval para o negócio.
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"Até agora não teve conversa alguma. Não obtive resposta, mas já pedi um estudo do edital (de licitação do Maracanã) para ver se isso é possível. Fiquei sabendo pela imprensa. Até agora os clubes não formalizaram. Eu vejo com um pouco de ceticismo e dificuldade pelo fato de o Maracanã ser todo tombado. Tem que ver na legislação. O Maracanã é a casa do futebol brasileiro. Não sei se a torcida se acostumaria a chamar de outro nome", disse, apesar de garantir estar '100% aberto ao diálogo'.

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Cláudio Castro afirma que a vitória de Flamengo e Fluminense na concessão de 20 anos foi para valorizar o esporte, sem focar no lucro do Governo com o contrato. Ele comparou com as situações de Pacaembu e Mineirão, onde afirma que acordos foram feitos priorizando a arrecadação, e reforça a necessidade de análise. O interesse de Fla-Flu em vender os naming rights do Maracanã foi noticiado em abril.
"O Estado não visou lucro na concessão. É a valorização do esporte. Bem diferente do Mineirão, que foi visando o negócio. Bem diferente do Pacaembu. No Rio a gente valorizou o esporte. Não foi simplesmente quem apresentou a melhor proposta que levou. Tinha que ter a melhor proposta esportiva. É só ver como está o Mineirão, como está o Pacaembu e como está o Maracanã. Acho que foi uma decisão acertada"
Vale destacar que, segundo o portal 'ge', o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) afirmou que é possível conseguir a autorização para explorar o nome do Maracanã comercialmente.
Contudo, por se tratar de um bem tombado, o nome oficial precisa seguir Estádio Jornalista Mário Filho e qualquer alteração na fachada precisa de autorização prévia.
Consórcio Fla-Flu projeta recorde com naming rights do Maracanã
As estimativas modestas do Consórcio Fla-Flu apontam para um valor de R$ 40 milhões por ano. O que significaria o maior montante por temporada entre todos os acordos de naming rights do Brasil. A Mercado Livre Arena Pacaembu ficaria em segundo, com negócio de R$ 1 bilhão por 30 anos, ou seja, R$ 33,3 milhões por ano.
O montante total pode ficar abaixo de outros negócios, já que a concessão vencida por Flamengo e Fluminense tem validade de 20 anos. Em um acordo que comece a valer em 2026 e vá até o final do contrato, em 2044, por exemplo, R$ 40 milhões por mês representa um acordo total de R$ 760 milhões. Mas vale destacar que essa é a projeção mais baixa.
Presidente do Flamengo, Bap comentou o assunto durante a última reunião do Conselho Deliberativo e citou bancos privados como possíveis parceiros no negócio. A diretoria rubro-negra acena com a possibilidade para o mercado. Mas é necessário amadurecer o plano e apresentá-lo para o Governo do Rio antes de qualquer outra ação.