No adeus a Dinamite, lembre como o ídolo do Vasco quase jogou no Flamengo
Roberto Dinaminte morreu neste domingo (8), aos 68 anos, vítima de câncer no intestino. O maior ídolo do Vasco da Gama, clube do qual foi também presidente, fez 1110 jogos pelo clube da cruz de malta, mas fez 708 gols. O que poucos sabem é que Dinamite quase jogou no Flamengo.
Para as gerações mais novas, seria como se Gabigol, após 2019, assinasse com o Palmeiras. Roberto Dinamite era a cara do Vasco. Na segunda metade da década de 1970, quase ninguém jogou mais do que ele. Nem Zico (ok, talvez Zico).
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Depois de se sagrar campeão brasileiro em 1974 e campeão estadual em 1977, além de outros títulos de turnos do Campeonato Carioca, Roberto Dinamite foi vendido para o poderoso Barcelona, da Espanha. O problema é que o clube catalão vivia mal momento e Roberto não rendeu o esperado.
Em programa do Esporte Interativo de 2018, junto com Zico e Rivelino, Roberto lembrou de como, por muito pouco, não foi jogar no Flamengo. Tudo aconteceu em 1980. “O Márcio Braga foi a Barcelona para me contratar. Estava tudo certo. Faltou apenas assinar.”
O ex-jogador lembrou de como a reação da torcida vascaína foi o único motivo para que não houvesse acordo. “Inclusive, o Barcelona já havia contactado o Vasco para um possível retorno, mas não tinha recebido uma resposta satisfatória. Tudo mudou quando o Flamengo entrou na jogada.”
Zico e Roberto eram grandes amigos
De acordo com os jornais da época, o Vasco basicamente desfez a venda de Roberto para o Barcelona. Esse foi o modo de evitar que o jogador que era a cara do clube cruz-maltino fosse jogar no Flamengo. Roberto, em 2018, lembrou que estava animado com a possibilidade de jogar naquele Flamengo de Zico e companhia: “Imagina! Ia ser uma loucura, mas no fim eu fiquei feliz de voltar para o time que me revelou.”
Roberto Dinamite e Zico eram grandes amigos apesar da rivalidade dos tempos de jogador. O Galinho esteve presente na despedida de Roberto, em 1993, quando inclusive jogou com a camisa do Vasco. Três anos antes, em 1990, Roberto jogou pelo time das estrelas mundiais na despedida de Zico.