Neto fala sobre o novo FlaBasquete: "Jogo interior fortalecido"
Campeão da Liga das Américas, campeão Mundial de Clubes e três vezes campeão brasileiro. Avassalador no Basquete brasileiro nos últimos anos, o Orgulho da Nação está passando por um momento de transição. Laprovittola, o grande armador argentino que honrou o Manto seguiu seu sonho no Velho Continente. Benite deve seguir o mesmo caminho e o veterano Hermmann foi encerrar a carreira no San Lorenzo de Santa Fé, sua casa.
Resolvemos pedir alguma explicações para o comandante rubro-negro sobre as mudanças. Neto foi comedido ao falar das novas contratações rubro-negras para a próxima temporada, principalmente no que tange à forma do jogo que adotará. Provavelmente, muitas novidades ainda virão: mais jogadores podem sair, assim como novas caras podem reforçar o elenco. Como o leitor bem informado do Mundo Rubro Negro sabe, por enquanto Rafael Luz pega a vaga de Nicolás e o versátil – nas palavras do técnico Neto – JP Batista chega “para fortalecer a equipe no jogo interior.
As nossas perguntas foram formuladas por nosso colaborador André Amaral, que escreve por aqui e também no seu espetacular Ninho da Nação. Confira as respostas do técnico do Flabasquete.
Com a saída do Laprovittola e a chegada do Rafael Luz o Flamengo terá uma mudança radical no seu estilo de jogo. Sai um cara de mais agressividade no ataque, infiltrações e pick and roll e chega um mais cadenciado e que defende bem. Como você está lendo essa mudança de estilo e se concorda com essa análise.
Vamos ter jogadores que conheço e que poderemos ter um estilo de jogo bem diversificado. São jogadores que jogam em duas posições pelo menos e com isso teremos boas opções de ataque e defesa.
O Flamengo na temporada enfrentou alguns garrafões pesados e, a meu ver, tinha um garrafão mais leve. Com o JP Batista a equipe ganha mais força nesse combate? Como você pensa no JP Batista? Para jogar na quatro ou cinco? Se for para revezar com o Meyinsse, o time ganha boas alternativas, pois um completa o outro. O americano como um cincão de mobilidade e o JP para encorpar o garrafão.
Como disse anteriormente, conseguimos montar um grupo de jogadores versáteis. O JP é um deles. Pode jogar na posição 4 e 5 e fortalece muito a equipe no jogo interior.
O Flamengo sofreu no último ano porque não conseguiu fazer uma boa pré-temporada. Muitos jogadores só renderam a partir do segundo turno. A equipe encerrou a temporada voando: as últimas seis partidas do NBB foram as melhores do ano.
1) Como a comissão técnica trabalha para manter esse equilíbrio para a próxima temporada?
Primeiramente temos que levar em conta que trabalhamos a partir de uma realidade que temos. A realidade é que possuímos jogadores e integrantes da comissão técnica de seleção e isso faz com que nossa pré-temporada tenha que iniciar de uma forma diferente. O importante é sabermos como lidar com isso para que o objetivo da temporada não seja prejudicado. Acredito que estamos conseguindo manejar bem essa situação. Trabalhamos com os jogadores que já estão disponíveis e depois agregamos os outros que chegam mais tarde e durante a temporada colocamos o grupo mais próximo de uma homogeneidade.
2) Pesou só a parte física ou teve a parte técnica também, quando você encontrou a equipe ideal justamente no segundo turno (com as entradas do Benite no lugar do Marcelinho e Olivinha no lugar do Herrmann)?
Eu penso que uma equipe ideal não é de 5 jogadores, mas de todos os componentes da equipe, já que temos no basquete a possibilidade de sempre trocarmos os jogadores em qualquer momento. Acredito também que o jogo é muito dinâmico e que muitas vezes os titulares (que iniciam a partida) nem sempre são os principais jogadores. Este deve ser um dos motivos de termos uma equipe bastante competitiva.